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"Rifeiro não é otário", disse DG um mês antes de ser morto em Barra do Jacuípe

"Rifeiro não é otário", disse DG um mês antes de ser morto em Barra do Jacuípe

Rodrigo da Silva Santos fez relato em vídeo em que diz ter sido alvo de tentativa de golpe

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Instagram

Um mês antes de ser assassinado, o rifeiro Rodrigo da Silva Santos, 33, relatou em um vídeo ter sido alvo de tentativas de golpe de pessoas que o enviaram comprovantes bancários falsos. Na gravação, publicada em sua conta no Instagram, ele manda uma especie de recado para supostos golpistas. Também conhecido como DG, Rodrigo e a esposa, Hynara Santa Rosa da Silva, 39, foram mortos a tiros a tiros no domingo (11), em Barra de Jacuípe, Camaçari, município da região metropolitana de Salvador.

"Gente, não mande comprovante falso para rifeiro. Porque rifeiro não paga prêmio sem conferir se o dinheiro está na conta. Vocês vão perder tempo, pagar para alguém fazer o comprovante, não sei como vocês fazem o ‘bololô’, mas não vai levar o prêmio, e sim tentar atrasar o lado de uma pessoa que só faz o bem", disse DG na gravação feita em 28 de outubro. "Vá procurar fazer Jesus, orar, atrás de alguma coisa para você fazer e ganhar dinheiro digno. Não é querendo roubar os outros não, rapaz", acrescentou Rodrigo.

Assista ao vídeo

O casal acumulava milhares de seguidores nas redes sociais. Os corpos dos dois foram enterrados nesta segunda (12), no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.

Rifeiro e empresário de pagode

Além de rifeiro, Rodrigo da Silva Santos se apresentava como proprietário da DG Produções, empresa pela qual agenciava carreiras de cantores de pagode baiano, dentre os quais 

Rodrigo usava o perfil da empresa para promover suas rifas e agenda de shows e lançamentos de músicas dos artistas.

Em publicações feitas horas antes de serem mortos, Rodrigo e Hynara estão na praia. Rodrigo, por sua vez, fez uma sequência de stories anunciando suas rifas à beira mar e exibindo uma moto aquática. Em mensagem enviada à influenciadora Bruna Luma no dia anterior à sua morte, Hynara contou que teve uma espécie de premonição ao relatar um sonho no qual uma amiga seria assassinada. 

Segundo a Polícia Militar, o chamado para registro do homicídio ocorreu por volta das 18h30. A informação repassada à corporação era sobre a presença de duas vítimas de disparo de arma de fogo na localidade Canto do Rio Jacuípe. Ainda não se sabe a autoria nem possível motivação para o duplo homicídio.

Os corpos de Rodrigo e de Hynara foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Salvador, onde aguardam a liberação até a manhã desta segunda-feira (12). 

A Delegacia de Monte Gordo e o DHPP investigam o caso. 

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