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Morte de Ana Luiza gera comoção e novos protestos na Engomadeira

Morte de Ana Luiza gera comoção e novos protestos na Engomadeira

Enterro da jovem de 19 anos é marcado por manifestações; moradores questionam versão oficial e cobram justiça pela tragédia

| Autor: Redação Varela Net

Foto: Reprodução


A morte de Ana Luiza Silva dos Santos, de apenas 19 anos, gerou indignação entre os moradores do bairro da Engomadeira, em Salvador. Nesta segunda-feira (14), data em que a jovem foi sepultada, amigos, vizinhos e familiares voltaram às ruas para protestar. Munidos de cartazes, os manifestantes pintaram frases de repúdio no chão e bloquearam novamente a principal via de acesso ao bairro, clamando por justiça.

Ana Luiza foi atingida por uma bala perdida na tarde do último domingo (13), durante uma operação policial na Rua Nanan, no final de linha da Engomadeira. De acordo com o comunicado oficial da Polícia Civil e da Polícia Militar da Bahia, agentes da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) faziam rondas de rotina quando teriam sido recebidos a tiros por “vários homens armados”.

Ainda segundo a versão da corporação, a jovem foi encontrada ferida no chão durante a perseguição aos suspeitos. Os policiais relataram que prestaram socorro imediato, colocando-a na viatura para ser levada ao Hospital Geral Roberto Santos, onde, infelizmente, ela não resistiu aos ferimentos.

No entanto, moradores locais têm outra versão. Testemunhas afirmam que os policiais atiraram em direção a um homem que tentava escapar correndo por uma rua bastante movimentada, sem o devido cuidado. Acreditam que Ana Luiza acabou sendo atingida nesse momento, vítima de um disparo feito de forma irresponsável.

Vídeos gravados por moradores mostram o momento em que Ana Luiza é colocada na viatura. Nas imagens, é possível ouvir gritos de revolta. Populares acusam os policiais de terem alvejado uma moradora “inocente” e partem para cima da guarnição em meio a protestos e xingamentos. Para conter os ânimos, os agentes lançaram bombas de gás lacrimogêneo, agravando ainda mais o clima de tensão no local.

A dor da perda e o sentimento de injustiça mobilizaram o bairro mais uma vez. A comoção gerada pelo caso reacende discussões sobre o modo de atuação das forças de segurança em áreas periféricas e os riscos impostos à população durante operações em regiões densamente povoadas.

As investigações sobre a morte de Ana Luiza seguem em andamento.

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