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Homem é preso por vender informações de sistemas de monitoramento da PM

Homem é preso por vender informações de sistemas de monitoramento da PM

Homem vendia serviços que permitiam que bandidos acompanhassem a movimentação de viaturas em tempo real

| Autor: Redação

Foto: Divulgação/PM

Um homem de 36 anos, foi preso por suspeita de usar a senha de sistemas de monitoramento inteligente utilizados pelas forças de segurança e de revender as informações para quadrilhas especializadas em roubar bancos, residências e veículos. Alex Monteiro Lino foi levado para a 5ª Delegacia de Combate a Crimes contra o Patrimônio, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Alex disse à Polícia Militar que não cometia roubos e apenas repassava as informações para os criminosos, conforme o portal 'Uol'. Ele ainda afirmou que não costumava passar os dados para estranhos e fazia negócio com 15 assaltantes, para quem os serviços prestados permitiam acompanhar a movimentação de viaturas em tempo real.

Alex Lino foi preso por agentes da Corregedoria da PM. Em sua casa, que fica localizada no Brás, região central de São Paulo (SP), foram apreendidos um computador e um aparelho de telefone celular. Segundo os policiais, os equipamentos estavam logados na rede de intranet da Polícia Militar e no sistema de monitoramento Detecta.

Os investigadores do Deic já sabem que os assaltantes recebiam informações privilegiadas, como localização de viaturas policiais, dados dos policiais militares e despachos do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar). Os bandidos usavam os dados para não serem flagrados durante as ações criminosas.

A Corregedoria da PM acredita que Lino não conseguiria as senhas sem a participação de um policial militar com acesso ao sistema interno da Polícia Militar. Até o momento, entretanto, nenhum PM suspeito foi identificado.

À polícia, Lino afirmou ter comprado a senha dos sistemas por R$ 55 mil e fez o pagamento por meio de depósito bancário na zona leste da capital. Ainda de acordo com o site, ele disse que comprou a senha de um homem com quem conversava por e-mail. Disse ainda que vendia cada informação para grupos criminosos por R$ 1.000,00. Afirmou também que realizava em torno de 30 monitoramentos por mês em tempo real.

A suspeita da polícia começou a ganhar força em 5 de março de 2021, quando um grupo de assaltantes roubou uma agência bancária em Pindorama (SP). Na manhã do mesmo dia, o sistema Copom Online foi acessado com os dados cadastrais de um policial militar do Corpo de Bombeiros.

O advogado de Alex Lino ainda não se manifestou sobre o caso.

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