Greve dos professores municipais entra no segundo dia em Salvador
Categoria pede reajuste salarial e avanços no plano de carreira
Foto: Domingos Júnior/Varela Net
Nesta sexta-feira (20), ocorreu o segundo dia da greve dos professores da rede municipal de Salvador, o que resultou na não realização das aulas para mais de 163 mil alunos na capital baiana. O impasse nas negociações já se estende desde março, com uma série de conversas que não chegaram a um acordo, o que culminou na paralisação das atividades, desde a quinta-feira (19).
Conforme a APLB Sindicato, órgão que representa os professores, os profissionais solicitam um reajuste salarial de 33,24%. No mês de abril, a prefeitura propôs 4% e, nas negociações em maio, a contraproposta subiu para 6%, mas a categoria ainda considera abaixo do necessário.
Além do reajuste salarial, os professores também pedem o avanço de níveis no plano de carreira. Segundo a categoria, há mais de cinco anos a mudança não ocorre. Os trabalhadores também pedem alteração no Auxílio Alimentação, na jornada de trabalho e convocação de novos professores.
A prefeitura informou que, além do reajuste, tem oferecido avanço em dois níveis no plano de carreira e garantiu que nenhum professor receberia, na capital baiana, abaixo do piso estipulado nacionalmente.
A entidade disse também que "a folha do magistério municipal já consome mais do que 100% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)".
A última vez em que os professores municipais fizeram greve em Salvador foi em 2015, também por causa do reajuste do piso salarial.