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Discussão sobre cancelar Carnaval é prematura, avaliam representantes do setor

Discussão sobre cancelar Carnaval é prematura, avaliam representantes do setor

Segmento hoteleiro diz confiar na eficácia da vacina contra quadros graves da Covid-19, doença que impediu realização da festa por dois anos consecutivos; comissão na Câmara de Vereadores monitora cenário

| Autor: Alexandre Santos

Foto: Manu Dias/GOVBA

A possibilidade de cancelamento do Carnaval de Salvador diante do avanço de novos casos de Covid-19 é uma discussão ainda muito prematura, avalia Almir Pereira, presidente do Sindihotéis-BA. Após ser suspensa por dois anos consecutivos devido à pandemia, a festa momesca está prevista para acontecer entre os dias 16 e 21 de fevereiro de 2023.

"Na verdade, a gente tem que pedir a Deus que essa possibilidade [de cancelamento] seja afastada. Principalmente para nós, que dependemos do turismo. Salvador, com Réveillon agora, e a vinda do Carnaval, com certeza, vão trazer muitos turistas para a Bahia. Isso para a rede hoteleira é muito bom e gera empregos para todos os segmentos: para o taxista, baiana do acarajé, o rapaz que vende ali na esquina, barzinho, donos de restaurantes. O turismo traz muita coisa boa pra todo mundo. Vamos torcer pra que isso não ocorra", declarou Pereira ao Varela Net.

O dirigente, por outro lado, diz confiar na eficácia das vacinas contra quadros graves da doença. "Mesmo porque a Secretaria da Saúde e as autoridades de saúde de várias partes do mundo entendem que quem já tomou as quatro doses já está imune a qualquer tipo de alteração em relação ao vírus da Covid", declarou.

Atualmente, há no país o espalhamento de duas subvariantes do coronavírus no país: a BA.5.3.1, originária da variante ômicron do coronavírus e em circulação desde junho; e a BE.9, uma nova versão que avançou nas últimas semanas.

Presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada de Eventos na Câmara Municipal, o vereador Cláudio Tinoco (União Brasil) também diz ser muito cedo para adiantar eventuais decisões.

"Primeiro, porque devemos aguardar as orientações dos órgãos oficiais de saúde nas três esferas de governo para conhecermos a real dimensão e os efeitos da nova variante. Há um ano, nós discutíamos a possibilidade da realização do carnaval em 2022, quando a variante ômicron foi notificada pela OMS e acabou provocando uma série de restrições, inclusive a não realização do Carnaval neste ano. Depois, é preciso compreender que antes do carnaval em fevereiro de 2023, temos outras festas populares programadas no calendário oficial da cidade, como o Festival Virada, a Festa do Bonfim e a de Iemanjá. Portanto, recomendo doses de paciência e esperança para que não passe de uma levíssima variante", diz Tinoco.

De acordo com o vereador, os membros da comissão estão monitorando todos os indicadores para, se preciso, discutir qualquer decisão que interfira no calendário de verão, o que mais movimenta a economia, cultura e turismo da capital baiana.
 

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