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Após novo reajuste, Sindicombustíveis diz que Acelen não segue decreto estadual

Após novo reajuste, Sindicombustíveis diz que Acelen não segue decreto estadual

Presidente do sindicato diz que empresa não segue congelamento do ICMS; O novo reajuste de R$ 0,11 deve impactar diretamente no valor das bombas dos postos

| Autor: Millena Marques

Foto: Divulgação

A gasolina deve ficar mais cara na Bahia a partir desta segunda-feira (7). A Refinaria Mataripe, localizada em São Francisco do Conde, na Região Metropolina de Salvador (RMS), anunciou, no último sábado (5), um reajuste de R$ 0,11 no preço dos combustíveis, que deve impactar diretamente no valor das bombas dos postos. 

Esse é o quarto ajuste no valor apenas em 2022. Antiga Landulpho Alves, a refinaria foi privatizada em dezembro de 2021 pela Petrobras ao ser vendida para o grupo Mubadala Investment Company, que criou a Acelen para a administrar a unidade. 

Procurado pela reportagem do Varela Net, o presidente do Sindicombustíveis, Walter Tannus, falou sobre o impacto do reajuste. "O impacto desse quarto reajuste na gasolina e no diesel em menos de 40 dias neste ano é realmente muito preocupante. Há uma demissão em massa do seguimento. Para vocês terem uma ideia, nos últimos 12 meses, mais de seis mil postos de trabalho foram fechados, apenas de frentistas. Isso demonstra uma preocupação do seguimento, da sociedade e principalmente do consumidor, não podemos aceitar", declara. 

O presidente ainda falou sobre a influência do congelamento do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: "Infelizmente a Acelen não vem praticando o congelamento do ICMS, já tem mais de 60 dias que o governo do estado da Bahia e os demais estados da Federação fizeram um decreto congelando o ICMS, mas infelizmente isso não vem acontecendo na Bahia", comentou. 

Finalizando, Walter Tannus afirmou: "Já questionando a Acelen, ela disse que tinha feito um ofício à Secretaria da Fazenda e estava aguardando resposta. Está muito cômodo para todos, menos para o consumidor. Então fica o estado, através da Secretaria da Fazenda, e a Acelen discutindo um decreto no qual o governador foi muito claro, dizendo que estava congelado o ICMS desses dois produtos, mas infelizmente a sociedade baiana vem aguentando com o aumento do reajuste, não só do produto e da matéria-prima, mas também do ICMS".

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