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Aluno de 13 anos tenta atacar colegas e atea fogo em escola na Chapada

Aluno de 13 anos tenta atacar colegas e atea fogo em escola na Chapada

Caso aconteceu na manhã desta terça-feira (27), na Escola Municipal Yêda Barradas Carneiro, em Morro do Chapéu

| Autor: Redação

Foto: Morro Notíciaas

Pelo segundo dia seguido, uma escola na Bahia foi alvo de ataque de um jovem aluno. Um adolescente de 13 anos tentou atacar colegas dentro da Escola Municipal Yêda Barradas Carneiro, no município de Morro do Chapéu, região da Chapada Diamantina. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira (27) e gerou pânico entre professores e alunos, contudo, não há registro de feridos.

Segundo informações do G1, a Secretaria Municipal de Comunicação de Morro do Chapéu, a direção escolar informou que o garoto, que também é estudante da instituição, chegou ao local normalmente. No banheiro, ele trocou a farda por uma roupa preta com capuz e retornou para a sala de aula com materiais inflamáveis e uma faca.

Por um motivo ainda revelado, o adolescente tentou atear fogo nas dependências da escola e ferir colegas. Professores e funcionários conseguiram retirar todos os estudantes das dependências da unidade. No entanto, o fogo provocou danos em uma das salas.

A Polícia Militar foi acionada e conseguiu apreender adolescente, que foi conduzido para o Conselho Tutelar. Um professor da unidade, Jadson Ferreira, afirmou ao g1 que o estudante tem comportamento calmo e regular, mas teve um surto.

"Foi um susto pra todo mundo, mas graças a Deus já passou, né? Está todo mundo bem. Infelizmente o aluno teve um surto, aparentemente ele é um aluno tranquilo, mas, infelizmente, surtou. A gente não sabe o que aconteceu, não cabe a gente julgar, não é nosso papel, né?" disse

Segundo ataque em dois dias

Este foi o segundo caso de ataque a uma escola na Bahia realizado por jovem aluno. Na segunda (26), um estudante de 14 anos invadiu o Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, que é de gestão compartilhada com a Polícia Militar, em Barreiras, no Oeste da Bahia, e efetuou disparos. Em meio ao desespero, vários alunos conseguiram fugir correndo, mas a cadeirante Geane da Silva Brito, de 19 anos, acabou sendo atingida e não resistiu aos ferimentos. O jovem responsável pelo caso foi baleado por uma pessoa não idenficada. Ele passou por cirurgia e estava em estado considerado grave, até terça. 

Segundo o delegado Rivaldo Luz, responsável pelo caso, a arma usada pelo jovem é do pai dele, um subtenente aposentado do Distrito Federal. e falhou durante os disparos. Além disso, o adolescente não iniciou o ataque de forma rápida, o que permitiu que os alunos corressem mais livremente. 

O pai já prestou depoimento e contou que guardava a arma em casa, mas não sabe como o filho conseguiu ter acesso. Ele também alegou que apesar de um comportamento relativamente antissocial, o filho não tinha problemas e não sabe o que teria motivado o ataque.

Segundo a investigação, o estudante de 14 anos já planejava o atentado há algum tempo. Nas redes sociais, ele falava que estava há três anos se preparando.

"Ele é um aluno introspectivo, que conversava pouco, gostava de usar roupas pretas e fazer comentários racistas nas suas escritas. Entendemos que ele programou isso, chegou às 5h, se preparou para entrar no colégio, já entrou atirando. Ele não tinha um alvo fixo, tentou acertar o maior número de pessoas possíveis. Infelizmente, a vítima era deficiente física, cadeirante, então não teve condição de reagir", detalhou Rivaldo Luz.

Agora, a polícia investiga se o ataque na escola de Barreiras tem relação com outros casos. Nas redes sociais, o atirador fala de um crime similar que foi frustrado em Vitória (ES). O delegado Rivaldo revelou que contato com autoridades de outros estados, porque há indícios de relação com outras situações do tipo.

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