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Rondônia amanhece em meio a ataques e governo federal autoriza envio de Força Nacional

Rondônia amanhece em meio a ataques e governo federal autoriza envio de Força Nacional

Os ataques começaram na última segunda-feira (13)

| Autor: Redação

Foto: Divulgação/ PM-RO

Porto Velho amanheceu sem transporte coletivo nesta terça-feira (14) após uma série de ataques a ônibus na noite anterior. Pelo menos três veículos foram incendiados e trabalhadores do setor foram ameaçados, levando os rodoviários a recolherem os ônibus logo no início da manhã. O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, solicitou ao governo estadual um aumento na segurança pública para garantir a ordem e o funcionamento do transporte.

No ofício enviado ao governador Marcos Rocha e ao secretário estadual da Segurança, Defesa e Cidadania, Felipe Bernardo Vital, o prefeito atribuiu os ataques a facções criminosas. Além dos ataques em Porto Velho, um ônibus e um caminhão foram incendiados em Mirante da Serra, a cerca de 390 quilômetros da capital. As autoridades acreditam que os atos foram premeditados.

Os ataques são vistos como uma reação à Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, deflagrada no final de 2024. Esta operação visa combater o domínio de organizações criminosas em conjuntos habitacionais, resultando na retomada de cerca de 70 apartamentos e na apreensão de drogas e armas. A facção criminosa envolvida lucra com a venda de drogas, roubos e aluguéis dos imóveis invadidos.

No último domingo (12), após a primeira fase da operação, o cabo Fábio Martins, do Batalhão de Polícia Ambiental, foi assassinado por criminosos. Em resposta, a Polícia Militar (PM) mobilizou mais de 200 policiais para a segunda fase da operação no conjunto habitacional Orgulho do Madeira. A operação busca garantir a segurança e retomar o controle dos residenciais dominados pelo crime organizado.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviará um efetivo da Força Nacional para Rondônia, a pedido do governo estadual. Os agentes auxiliarão as autoridades locais por 90 dias, preservando a ordem pública e garantindo a segurança das pessoas e do patrimônio. O número de agentes mobilizados não foi divulgado por motivos estratégicos.

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