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Pesquisa: 16% das crianças e adolescentes já receberam conteúdo sexual online

Pesquisa: 16% das crianças e adolescentes já receberam conteúdo sexual online

Quase três mil jovens foram entrevistados março e julho de 2023

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Unsplash

De acordo com pesquisa, 16% das crianças e adolescentes brasileiros que têm entre 11 e 17 anos afirmaram já ter recebido mensagens com conteúdo sexual na internet. Os dados são da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023, que foi divulgada nesta quinta-feira (25). 

O responsável pela pesquisa foi o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que analisa o uso de internet no país todo ano desde 2012. 

Entre março e julho de 2023, a Cetic.br entrevistou de forma presencial 2.704 crianças e adolescentes, na presença de seus pais ou responsáveis. 

Outros dados indicados pela pesquisa foram: adolescentes de 15 a 17 anos (27%), que são os usuários mais assíduos de internet, foram o percentual de pessoas que mais recebeu conteúdo sexual online segundo a coordenadora do estudo, Luísa Adib; 9% das crianças e adolescentes com idade entre 11 a 17 anos contaram que outras pessoas já pediram na internet uma foto ou vídeo em que elas apareçam sem roupa; 5% afirmaram que já foram pedidas por outras pessoas para que falem sobre sexo no ambiente online. 

A pesquisa também aponta que 9% de usuários de 9 a 17 anos disseram que viram fotos ou vídeos de conteúdo sexual na internet nos últimos 12 de meses; sobre os espaços em que viram tais imagens, 26% alegaram que foi nas redes sociais, 9% em sites de vídeos; e 5% em sites de jogos. 

"Cabe destacar que o contato com esses posts não representa, necessariamente, resultados problemáticos. A TIC Kids aponta que 37% dos usuários de 11 a 17 anos dizem ter visto informações sobre sexualidade, como saúde sexual ou educação sexual on-line", explica Luísa Adib. 

Conforme Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, o relatório apresenta uma tendência do uso da internet na primeira infância e ressalta que esses dados podem guiar políticas e ações para proteger os direitos e a segurança do público infantil. 

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