Número de estudantes negros nas universidades federais mais que triplica
Estudo revela que políticas de cotas e ampla concorrência impulsionaram a presença desses estudantes, mas desafios persistem.
Foto: Dário Guimarães/Metropress
Um estudo do Sou Ciência revelou que o número de estudantes pretos e pardos nas universidades federais do Brasil mais que triplicou em 13 anos, passando de 17% para 49% do total de matriculados. Essa transformação significativa foi impulsionada principalmente pela Lei de Cotas, em vigor desde 2013, e pelo aumento de vagas de amplo acesso.
Em 2009, as universidades federais registraram 135.121 estudantes autodeclarados pretos e pardos, enquanto em 2022 esse número saltou para 515.699. Embora a maioria desses estudantes tenha ingressado nas instituições sem o sistema de cotas, as políticas de reserva de vagas têm desempenhado um papel fundamental na democratização do acesso ao ensino superior.
Apesar do progresso, os pesquisadores destacam que a representação de pretos e pardos ainda é inferior à sua proporção na sociedade brasileira, indicando a necessidade de políticas mais abrangentes de inclusão e permanência estudantil. O programa Pé de Meia, lançado pelo presidente Lula, surge como uma iniciativa promissora para incentivar mais jovens de escolas públicas e famílias vulneráveis a buscar o ensino superior.