Morre atriz Aracy Balabanian, aos 83 anos, no Rio de Janeiro
Diagnosticada com câncer no pulmão no fim do ano passado, ela estava internada em um hospital na capital fluminense
Foto: Reprodução/TV Globo
A atriz Aracy Balabanian morreu na manhã desta segunda-feira (7), aos 83 anos. Diagnosticada com câncer no pulmão no fim do ano passado, ela estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.
A morte foi confirmada pela TV Globo.
Aracy Balabanian não era vista em um projeto inédito desde 2019, quando participou do especial de fim de ano da TV Globo A Magia Acontece. No ano anterior, ela fez uma aparição em Malhação: Vidas Brasileiras.
No dia 19 de julho, estreou no GloboPlay a novela Locomotivas, de 1977, da qual a atriz foi uma das protagonistas. A última entrevista da artista aconteceu há quase um ano, durante o programa Conversa com Bial.
Início no teatro
Filha de imigrantes armênios, Aracy Balabanian nasceu em São Paulo, em 22 de fevereiro de 1940. Teve a paixão despertada irremediavelmente pelo teatro ainda criança, quando já morava em São Paulo e foi levada pelas irmãs mais velhas para assistir a uma peça de Carlo Goldoni com a companhia de Maria Della Costa.
“Eu chorei muito. Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades”, relembra.
Para realizar este sonho, teve que driblar o preconceito, principalmente dentro de casa: seu pai não aceitava a escolha da filha em ser atriz.: “Eu comecei numa época em que não era bonito fazer televisão, nem teatro”, contou.
Aracy despontou na televisão como a Gabriela do infantil 'Vila Sésamo', de 1973, e brilhou como protagonista nas novelas 'Corrida do Ouro' (1974) e 'Bravo!' (1975), e surpreendeu o público com as revelações da manipuladora Filomena Ferreto, em 'A Próxima Vítima' (1995).
Mas gostava de se lembrar da divertida Cassandra, de 'Sai de Baixo'. Para a atriz, o humorístico representava “o sonho de todo ator”, porque misturava teatro com televisão, abrindo espaço para o improviso em cena: “o público gostava quando a gente errava”.