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Marcha Trans ocupa ruas centrais de São Paulo e pede mais visibilidade

Marcha Trans ocupa ruas centrais de São Paulo e pede mais visibilidade

Sexta edição do evento chama atenção para transgeneridade

| Autor: Redação e Agência Brasil

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (9), o Largo do Arouche, no centro da capital paulista, foi palco de mais uma Marcha do Orgulho Trans da Cidade de São Paulo. Esta é a sexta edição do evento, que começou em 2018 e marca o mês do Orgulho LGBTQIA+. Neste ano, o tema da marcha foi a TRANSformação está em Marcha.

É preciso não só transformar a sociedade para entender o que é transgeneridade como também levar a transformação está em marcha para o próprio movimento LGBTQIA+, que tem preconceitos ainda com pessoas trans e negam seus direitos, afirmou Pri.

A Marcha do Orgulho Trans ocorre em sintonia com outros eventos ao redor do mundo como forma de protesto. Segundo os organizadores da manifestação, as demandas sociais, culturais, políticas, de direito e de cidadania apresentadas pelos homossexuais, masculinos, brancos, cisgêneros, não alcançam, por vezes, as urgências de pessoas travestis, não binárias, mulheres e homens transgêneros. Foi por isso que eles decidiram fazer um evento separado, sempre às sextas-feiras, antes da Parada do Orgulho LGBT+.

“Falta visibilidade para as pessoas trans que estão há mais de 20 anos na Parada do Orgulho LGBT+ [prevista para este domingo, na Avenida Paulista]. A ideia é que este seja um lugar de reivindicação, como acontece em todo o mundo, assim como ocorre com a Caminhada de Lésbicas e Bissexuais, que será amanhã (10). Esta é a ordem mundial: na sexta-feira ocorre a Marcha Trans; no sábado, a Caminhada Lésbica e Bissexual; e, no domingo, a Parada do Orgulho LGBT+”, explicou Pri Bertucci.

O evento é parte da programação da Parada [do Orgulho LGBT+], mas fala sobre a especificidade da população mais vulnerabilizada, que é a população transgênera do país, disse a secretária nacional dos Direitos da População LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Symmy Larrat. “Vamos sair junto com o pessoal, em marcha contra a transfobia e, desta vez, com o governo federal presente.”

Ontem (8), ao participar da 22ª Feira Cultural da Diversidade LGBT+ em São Paulo, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, destacou a importância das ações de inclusão adotadas pelo governo. "Tenho orgulho de fazer parte de um lugar no mundo que respeita as pessoas, que respeita a identidade de gênero, a orientação sexual, a maneira como as pessoas existem", afirmou. "Que venhamos somar esforços para que vocês possam existir na sua dignidade, com emprego, renda, segurança, liberdade. Uma liberdade com responsabilidade, como vocês sempre fizeram, respeitando os outros e que merecem ser respeitados também."
 

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