Estudante da USP é encontrada morta com marcas de violência em São Paulo
A estudante estava desaparecida desde domingo (13)
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta na quinta-feira (17), em um estacionamento na Vila Carmosina, zona leste de São Paulo, após quatro dias desaparecida. Mestranda da USP, ela estava nua e com marcas de agressão feitas por um objeto cortante, o que levanta suspeitas de violência sexual, segundo a amiga Karina Amorim, em entrevista ao Metrópoles. Bruna foi vista pela última vez no domingo (13), no terminal de ônibus da estação Itaquera, onde tentou carregar o celular e pedir um carro por aplicativo.
Bruna, formada em turismo e mestranda em Mudança Social e Participação Política na USP Leste, deixou um filho de 7 anos, que ainda não foi informado sobre a morte da mãe. “Ela era uma mãe incrível, traduzia os sentimentos dele pro mundo”, disse Karina ao Metrópoles. A jovem pesquisava um time de várzea formado por pessoas em situação de rua, tema de seu TCC, e era conhecida por seu engajamento em causas sociais, como o combate à violência de gênero.
A mãe de Bruna, Simone da Silva, desabafou à TV Globo: “Morreu como mais temia. Por que não fui eu?”. Simone destacou que a filha era sua inspiração e a incentivava a estudar e ser independente. O caso, registrado como morte suspeita no 24º DP (Ponte Rasa), é investigado pelo DHPP. Um laudo do IML, com prazo de 30 dias, deve apontar a causa e o momento da morte, enquanto a polícia busca identificar suspeitos.
Karina acredita que Bruna, que morava a 20 minutos do terminal, pode ter tentado ir a pé para casa após o celular descarregar, já que não usou o aplicativo de transporte. Ela criticou a insegurança na região: “As pessoas não estão se sentindo seguras e ninguém faz nada”. A morte de Bruna reacende debates sobre a violência contra mulheres em São Paulo, onde, em 2024, foram registrados mais de 150 feminicídios, segundo a Secretaria da Segurança Pública.