Custos de consumo de alimentos ultraprocessados ao SUS ultrapassam 10 bilhões por ano
Por dia, 156 brasileiros perdem a vida por doenças relacionadas à ingestão de produtos altamente industrializados
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Uma pesquisa realizada pela Fiocruz Brasília e o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo, a pedido da organização não-governamental ACT Promoção da Saúde, revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados custa R$ 10,4 bilhões por ano à saúde e à economia no Brasil.
O valor total envolve custos diretos do tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente nos casos de hipertensão, obesidade e diabetes tipo 2. Além de valores previdenciários e as perdas econômicas devido às mortes atribuídas ao consumo de ultraprocessados.
Segundo a pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde, no ano de 2023, 10,2% dos brasileiros adultos declararam ter diabetes, 27,9% afirmaram sofrer de hipertensão e 24,3% relataram ter obesidade.
O estudo revelou que o maior peso financeiro está no tratamento de doenças ligadas ao diabetes tipo 2. Os gastos com a doença e condições relacionadas, como a doença renal crônica, representam 41% dos custos diretos.
Em relação ao perfil dos pacientes, o estudo revelou que a obesidade gera custos três vezes maiores para mulheres em comparação aos homens. Por outro lado, estes geram gastos mais elevados com diabetes e hipertensão.