Caso Vitória: Investigações indicam que jovem pode ter sido alvo de stalker
Principal suspeito, Maicol Sales dos Santos, que permanece preso, pode ter agido sozinho no crime
Foto: Reprodução/Redes sociais
A investigação sobre o assassinato de Vitória Regina, de 17 anos, está tomando novos desdobramentos. O principal suspeito, Maicol Sales dos Santos, que permanece preso, pode ter agido sozinho no crime. Novos elementos indicam que ele estava monitorando a jovem desde 2024.
A perícia no celular de Maicol revelou diversas imagens de Vitória, o que levou a polícia a reavaliar a linha de investigação. Além disso, o depoimento do suspeito apresenta contradições. Ele alegou ter passado a noite em casa com a esposa, mas ela desmentiu sua versão.
Outro detalhe importante encontrado no celular de Maicol foram fotos de facas e um revólver, o que sugere que ele pode ter usado a arma para forçar Vitória a entrar em seu carro sem fazer barulho. Testemunhas relataram ter ouvido um barulho na residência de Maicol no dia do crime.
A TV Globo teve acesso ao relatório da perícia, que trouxe novos dados sobre o caso. A cronologia revela que Maicol viu uma postagem de Vitória no ponto de ônibus, às 0h06, no dia 27 de fevereiro, apenas 20 minutos antes dela descer do ônibus em direção à sua casa. Isso indica que ele poderia ter interceptado a jovem enquanto ela seguia seu caminho.
A investigação também levanta a hipótese de que Maicol tenha sido um stalker, acompanhando a rotina de Vitória desde o ano anterior. Como moravam no mesmo bairro, ele parecia conhecer bem os hábitos dela. No dia do desaparecimento, por exemplo, Maicol sabia que o carro do pai de Vitória estava quebrado, o que significava que ela não voltaria para casa com ele.
Depoimentos adicionais indicaram que o carro de Maicol foi visto nas imediações do local onde a jovem sumiu. Câmeras de segurança registraram dois momentos em que um veículo semelhante ao de Maicol passou pela região.
Dentro do veículo de Maicol, a polícia encontrou um fio de cabelo e manchas que aparentam ser de sangue. O exame de DNA ainda está sendo aguardado para confirmar se o sangue pertence a Vitória. Além disso, vestígios de possível uso como cativeiro foram encontrados na casa que Maicol utilizava.