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Associação Brasileira de Imprensa dedicará 2025 em memória de Vladimir Herzog, jornalista morto na ditadura militar

Associação Brasileira de Imprensa dedicará 2025 em memória de Vladimir Herzog, jornalista morto na ditadura militar

O caso de Herzog foi e segue sendo um dos mais marcantes da ditadura

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/ Acervo Vladimir Herzog

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) está lançando o Ano Vladimir Herzog, uma iniciativa para relembrar o assassinato do jornalista Vladimir Herzog em 1975, durante a ditadura militar no Brasil. O projeto visa manter viva a memória do caso, que envolveu tortura e uma tentativa de encobrir o crime como suicídio. O Instituto Vladimir Herzog (IVH) apoia a iniciativa e oferece um vasto acervo de materiais sobre o tema, incluindo depoimentos de colegas de Herzog.

 

O "caso Herzog" representa décadas de luta contra o esquecimento dos abusos cometidos durante a ditadura, mesmo após a anistia aos torturadores. Em 2018, uma denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos levou à reabertura do caso pelo Ministério Público Federal em 2020. Em 2024, o Estado brasileiro finalmente reconheceu a perseguição à viúva de Herzog, Clarice Herzog, concedendo-lhe indenização e um pedido formal de desculpas.

 

Vladimir Herzog, nascido na Iugoslávia em 1937, imigrou para o Brasil em 1946. Formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, tornou-se jornalista em 1959 e trabalhou em diversos veículos de comunicação. Em 1975, como diretor de jornalismo da TV Cultura, foi preso, torturado e assassinado pelo regime militar. Sua morte, inicialmente encoberta como suicídio, tornou-se um símbolo da luta pela democracia no Brasil.

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