Mulher morre após diagnóstico de doença causada por uso de cigarro eletrônico
Irmão da vítima, lembrou que 15 dias antes da morte de Crisleide, a sensação de cansaço só piorava ao passar do tempo
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Uma mulher identificada como Crisleide, de 34 anos, morreu em decorrência de uma grave lesão pulmonar devido ao uso de cigarro eletrônico (Vaper), na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia.
A doença é identificar pela sigla conhecida como Evali. A doença já causou cerca de 13 mil internações e 68 mortes nos Estados Unidos entre 2019 e 2020.
“Logo no início, a gente fez uma endoscopia pulmonar e lá no pulmão dela, eu consegui tirar um pouco de secreção e biopsiar. Os fragmentos tinham muitas células cheias de gordura, como as causas de biopsia lá nos Estados Unidos em 2019”, explica o médico David Coelho, que fez o diagnóstico.
O irmão de Crisleide, Cícero Tavares, contou que ela usou o cigarro por pouco mais de três meses e esporadicamente. “Acho que há uns três anos, o povo tinha essa curiosidade e começaram a usar um pouquinho, mas usava. Só quando tinha um churrasco no final de semana. Nunca fumou cigarro, não”, conta.
De acordo com os relatos, Crisleide começou a reclamar sobre cansaço. O irmão da vítima, lembrou que 15 dias antes da morte de Crisleide, a sensação de cansaço só piorava ao passar do tempo, até que ela procurou a emergência de um hospital e foi prontamente internada na UTI.
“Tem aromatizantes como de acetil que causa bronquiolite muito grave. Você tem zinco, chumbo. Isso a gente sabe que dá doença pulmonar em outras situações, porque não daria no cigarro eletrônico?”, questiona o médico.
O médico epinomologista que deu o diagnóstico a vítima, disse o porque acredita que a regulamentação do famoso "Vaper" pode representar um perigo.
“É extremamente perigoso. Eu acho que a gente tem dados suficientes de que essa inflamação é uma coisa imediata, pode acontecer de forma abrupta como a Evali, mas outras doenças de longo prazo, provavelmente, vão acontecer e a gente vai ter esse problema mais para frente".