Empresa agrícola é condenada por permitir trabalho infantil na Bahia
Empresa foi condenada a pagar R$ 600 mil
Foto: Divulgação
A empresa Cargill Agrícola S.A, locada no ramo de alimentos e produtos agrícolas, acabou sendo condenada em R$ 600 mil por conta da permissão de trabalho infantil e em condições de escravidão numa produção de cacau em municípios da Bahia. A decisão foi divulgada na terça-feira (26).
Em uma nota divulgada ao portal G1, a Cargill Agrícola S.A afirmou que não concorda com as denúncias e da desisão da justiça que deve recorrer a condenação. A empresa também informou que não tolera tráfico humana ou trabalho forçado e infantil durante operações e que também toma medidas para proteção dos Direitos Humanos.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a empresa comprou matéria-prima direta e indiretamente para produção de chocolate e manteiga de cacau, de produtores rurais que exploram seus funcionários com trabalho análogo a escravidão e trabalho infantil.
A empresa informou que não há dever legal que imponha a fiscalização sobre a cadeia produtiva e pontuou que não mantém qualquer relação de trabalho, que é apenas compradora da matéria-prima. O MPT não divulgou as cidades onde a empresa comprou o cacau.
A condenação determina que a Cargill Agrícola S.A pague uma indenização de R$ 600 mil a título de dano moral coletivo, e que também deve estabelecer relações éticas na cadeia produtiva, incluindo a formalização de contratos com todos os produtores e fornecedores de cacau.
As informações são do portal G1.