Cinco adolescentes morrem e um segue desaparecido após afogamentos
Os acidentes aconteceram nas cidades de Bara e Angical
Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros
Uma tragédia abalou o oeste da Bahia neste domingo (23), quando cinco adolescentes morreram e um permanece desaparecido após incidentes de afogamento em dois municípios distintos: Barra e Angical. As vítimas, com idades entre 12 e 17 anos, eram em sua maioria da mesma família, e os casos expõem os riscos de banhos em rios durante períodos de calor intenso.
Em Barra, no distrito de Igarité, às margens do Rio São Francisco, quatro jovens identificados como Ayxa Adrielle de Souza Silva, 12 anos, Jardielle Alves da Silva, 17 anos, Davi Francisco dos Santos Silva, 13 anos, e Kauã dos Santos da Silva, 17 anos perderam a vida. Segundo relatos, eles brincavam na beira do rio quando uma bola caiu na água. Ao tentarem resgatá-la, foram surpreendidos por redemoinhos e arrastados pela correnteza. Testemunhas descreveram a tentativa desesperada de um salvar o outro, mas todos sucumbiram. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas encontrou as vítimas já sem vida.
Em Angical, no povoado de Cupins, próximo ao Rio Grande, dois adolescentes, de 15 e 16 anos, desapareceram enquanto nadavam. Uma moradora testemunhou o momento em que submergiram e tentou ajudá-los, sem sucesso. O 17º Batalhão de Bombeiros Militar localizou o corpo de um deles por volta das 16h de domingo, com apoio de um pescador, a cerca de 20 metros do ponto inicial. As buscas pelo sexto jovem foram suspensas ao anoitecer e retomadas nesta segunda-feira (24), mas ele ainda não foi encontrado.
A profundidade dos rios, que pode chegar a três metros, aliada à baixa visibilidade e às correntes fortes, dificultou as operações de resgate. O Corpo de Bombeiros alertou sobre os perigos de áreas como o São Francisco e o Rio Grande, que escondem variações bruscas de profundidade e correntezas traiçoeiras, especialmente nesta época do ano. A Prefeitura de Barra emitiu nota lamentando as perdas e prometeu apoio às famílias.
Os corpos foram encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para identificação e procedimentos legais. A tragédia chocou as comunidades locais, reacendendo o debate sobre a necessidade de mais sinalização e fiscalização em áreas de banho. As autoridades seguem investigando as circunstâncias dos afogamentos, enquanto as buscas pelo adolescente desaparecido continuam.