Após morte de bebê, mulher denuncia maternidade por erro durante parto
A mulher afirma que a profissional teria realizado o parto de forma errada
Foto: Reprodução/Freepik
Uma família denunciou a maternidade Albert Sabin, em Salvador, por violência obstétrica após a morte de um bebê durante o parto. Liliane Ribeiro, mãe da criança, afirmou que a morte aconteceu nesta quinta-feira (31) e foi causada por uma lesão no pescoço provocada pela médica ao retirar o bebê.
Liliane relatou que foi forçada a fazer um parto normal, embora tivesse a recomendação de cesárea, sendo maltratada pela equipe. “Ela não teve nem amor ao próximo, saiu e deixou minha filha à mercê da morte”, desabafou ela. A mulher ainda contou que, após a bolsa romper, esperou 40 minutos para ser atendida. Na sala de parto, a médica fez uma manobra para retirar o bebê, e a criança foi entregue aos outros profissionais enquanto a médica deixou a sala. A mãe afirmou que a lesão no pescoço da bebê pode ter sido causada pela unha da médica. Após tentativas de reanimação, a bebê faleceu.
A família nega a informação de que a criança nasceu morta e pediu que o corpo fosse submetido à necropsia. A Polícia Civil investiga o caso.
Nota da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab):
"A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) manifesta profunda consternação diante do incidente ocorrido na maternidade Albert Sabin. Reiteramos que nossa prioridade é a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos, incluindo pacientes, familiares e profissionais de saúde.
Esclarecemos que, após a ocorrência de um desfecho infeliz durante o procedimento obstétrico, todas as medidas de apoio e acolhimento à família foram imediatamente tomadas, em respeito à dor enfrentada neste momento delicado.
Ressaltamos ainda que uma sindicância será rigorosamente conduzida para apurar com transparência as circunstâncias do óbito, respeitando os direitos dos envolvidos e mantendo o compromisso com a ética e a excelência no atendimento.
Além disso, é inadmissível que qualquer profissional da área seja submetido a atos de violência enquanto cumpre seu dever de cuidado e assistência, e reforçamos que esse tipo de conduta jamais será tolerado em nossas unidades. Nossas equipes de saúde seguem empenhadas em oferecer o melhor cuidado possível, reafirmando a importância do diálogo e do respeito mútuo para enfrentarmos com solidariedade situações tão difíceis".