Síndrome do bebê sacudido: entenda riscos de rodopiar criança de ponta-cabeça
Vídeo em que casal gira filho pequeno causou polêmica ao circular recentemente nas redes sociais

Foto: Reprodução/TV Brasil
Um vídeo que mostra um casal aos risos numa brincadeira de girar o filho pequeno de ponta-cabeça gerou críticas nas redes sociais. Além de muitos internautas não terem visto graça nenhuma no ato, o movimento brusco ao qual o menino é submetido pode resultar em danos cerebrais graves, afirmam especialistas.
Denominada síndrome do bebê sacudido, trata-se de uma lesão provocada por traumatismo craniano. Isso ocorre pelo fato de o corpo ser lançado com força para frente e para trás, sem que a cabeça esteja apoiada —o que pode ocasionar sangramentos e falta de oxigênio no cérebro.
Entre os sintomas que podem surgir tempos depois do movimento estão irritabilidade excessiva, vômitos ou dificuldade para respirar.
Também conhecida como traumatismo crânio-encefálico abusivo pediátrico, a síndrome do bebê sacudido pode acontecer até os 4 ou 5 anos, embora seja mais frequente em bebês entre 6 e 8 semanas.
Em geral, a enfermidade decorrem de brincadeiras aparentemente inocentes, como jogar a criança para cima, ou como tentativa de fazer com que a criança pare de chorar, sendo essa a causa mais comum.
Tratamento e diagnóstico
O tratamento da síndrome do bebê sacudido deve ser feito por um pediatra ou neuropediatra. O tempo de recuperação pode variar de acordo com o grau da lesão cerebral e da parte do cérebro afetada —podendo ser indicado o uso de oxigenoterapia, remédios ou até cirurgia.
Em caso de sintomas da síndrome do bebê sacudido, é importante que o bebê seja levado imediatamente ao hospital ou pronto-socorro mais próximo, pois o atraso no diagnóstico e tratamento podem causar sequelas graves e colocar sua vida em risco.
Os principais sintomas da síndrome são:
Dificuldade para respirar;
Irritabilidade excessiva;
Diminuição do nível de consciência;
Sonolência excessiva;
Tontura e dificuldade para ficar em pé;
Diminuição da capacidade de interação;
Falta de apetite ou recusa alimentar;
Lentidão ou apatia;
Rigidez corporal;
Tremores;
Arrepios;
Vômitos;
Pele pálida ou azulada;
Temperatura corporal baixa;
Dor de cabeça;
Pupilas dilatadas ou dificuldade para enxergar;
Paralisia;
Tontura ou vertigem;
Convulsões;
Coma.