NotíciasSaúdeProblema de Chico Buarque poderia ser confundido com envelhecimento natural; entenda o caso

Problema de Chico Buarque poderia ser confundido com envelhecimento natural; entenda o caso

Ontem (3), o cantor foi submetido a uma cirurgia para diminuir a pressão intracraniana

| Autor: Redação - Varela Net
Chico Buarque

Chico Buarque |Foto: Reprodução/Redes sociais

Chico Buarque estava internado no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, para tratar uma hidrocefalia de pressão normal e, nesta terça-feira (3), passou por uma cirurgia para reduzir a pressão intracraniana. A cirurgia foi um sucesso e o cantor de 81 anos passa bem.

Diante do caso, o neurocirurgião Dr. Guilherme Rossoni, especialista no tratamento de doenças da coluna e do crânio, explicou os motivos que tornam a condição perigosa para a população idosa.

“É uma condição em que o cérebro acumula um excesso de líquido que chamamos de líquor — uma espécie de ‘água’ que circula por dentro e ao redor do cérebro. Mesmo com esse acúmulo, a pressão dentro da cabeça se mantém aparentemente normal, por isso o nome ‘pressão normal’. Mas esse excesso pode afetar o funcionamento do cérebro, principalmente em áreas ligadas à memória, à locomoção e ao controle da urina”, afirmou o médico.

Além disso, o neurocirurgião fez um alerta sobre os sintomas da doença, que pode ser confundida com outras. “Ela pode ser confundida com Alzheimer ou Parkinson, por isso é importante ficar atento aos sintomas da chamada tríade clássica: incontinência urinária, dificuldade para andar e problemas de memória ou raciocínio. Muitos acreditam que isso faz parte do envelhecimento, quando na verdade pode haver tratamento eficaz”, reforçou.

“Quanto mais cedo essa condição for identificada, melhores as chances de recuperação. A atenção da família e dos profissionais é fundamental para evitar que o quadro seja interpretado apenas como ‘coisas da idade’”, finalizou Rossoni.

O tratamento da doença pode ser feito a partir da implantação de uma válvula com cateter dentro do cérebro, drenando o excesso de líquor para a região abdominal, onde o corpo reabsorve naturalmente.

O médico garante que, apesar de invasivo, esse é um procedimento seguro. “É um procedimento seguro e bastante comum. Funciona como um caminho alternativo para o líquor, aliviando o acúmulo e os sintomas. A maioria dos pacientes percebe melhora já nos primeiros dias após a cirurgia.”.

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