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OMS propõe aumento de impostos sobre açúcar, álcool e tabaco para frear doenças crônicas

Medida visa conter o avanço de enfermidades como câncer, diabetes e problemas cardíacos

| Autor: Redação / Varela Net
OMS propõe aumento de impostos sobre açúcar, álcool e tabaco para frear doenças crônicas

Foto: Freepik

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova proposta para conter o avanço global das doenças crônicas não transmissíveis (DNTs), como câncer, diabetes e enfermidades cardiovasculares. A entidade sugere que países aumentem em até 50% os preços de bebidas açucaradas, álcool e produtos de tabaco por meio de impostos ao longo da próxima década.

Segundo a OMS, a medida poderia evitar cerca de 50 milhões de mortes prematuras nos próximos 50 anos. “Os impostos sobre a saúde são uma das ferramentas mais eficientes que temos. Eles reduzem o consumo de produtos nocivos e geram receitas que os governos podem reinvestir em saúde, educação e proteção social. É hora de agir”, afirmou Jeremy Farrar, Diretor-Geral Adjunto de Promoção da Saúde e Prevenção e Controle de Doenças da OMS.

A proposta foi apresentada na conferência da ONU sobre Finanças para o Desenvolvimento, realizada na Espanha, e integra a iniciativa batizada de "3 por 35". O objetivo é arrecadar mais de US$ 1 trilhão nos próximos 10 anos com a taxação desses produtos.

O relatório da OMS cita exemplos de países como Colômbia e África do Sul, que já adotaram impostos sobre itens prejudiciais à saúde e observaram, simultaneamente, redução no consumo e aumento na arrecadação. Ainda assim, o documento aponta que muitos governos continuam oferecendo incentivos fiscais a indústrias como a do tabaco.

Entre 2012 e 2022, quase 140 países elevaram os impostos sobre o tabaco, resultando em um aumento médio real de mais de 50% nos preços. Para a OMS, esses dados mostram que mudanças em larga escala são viáveis e eficazes.

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