Estudo aponta crescimento do câncer de pulmão em 65% no Brasil até 2040; confira

De acordo com estimativas do ano de 2023, o câncer de pulmão é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres. Em mortalidade, é o primeiro entre os homens e o segundo entre as mulheres. Um estudo realizado pela Fundação do Câncer, em maio de 2024, mostra que os casos deste tipo de câncer devem crescer 65% e a mortalidade em 74% até 2040.

Esses dados devem ser mantidos se o padrão no consumo de tabaco no país continuar o mesmo. O estudo traz um levantamento da Fundação do Câncer com a incidência da doença pelas regiões do Brasil. No Sul, que apresenta a maior incidência, são cerca de 24 novos casos a cada 100 mil homens e 15 novos casos a cada 100 mil mulheres. A maior concentração de pacientes é entre a faixa etária de 40 e 59 anos. 

No ano de 2020, a doença foi responsável por 28.618 mortes no Brasil. Os maiores fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco. 

Entenda mais sobre o câncer de Pulmão

O pulmão, assim como todo o corpo, é composto por células que se dividem e multiplicam de forma controlada. Quando ocorre uma disfunção celular e este processo é alterado, fazendo com que as células se multipliquem muito mais rápido, origina-se o tumor. 

Geralmente, os sintomas do câncer de pulmão só começam a aparecer quando a doença já está em estágio avançado, porém, algumas pessoas podem perceber alguns sintomas iniciais: tosse persistente ou com sangue, falta de ar, fadiga, perda de peso, perda de apetite, dor no peito, entre outros.

O diagnóstico pode ser feito de várias maneiras, os mais comuns são os exames de imagem como raio-x de tórax, tomografia, além da biópsia, sendo a retirada de uma pequena parte do tecido suspeito para análise que acontece em laboratório. 

O tratamento depende da saúde geral do paciente, do tipo de tumor e do estágio em que a doença se encontra. Para as células pequenas, é geralmente a radioterapia e quimioterapia. Já para as células não pequenas, pode depender do estágio da doença.

O principal fator de risco para o câncer de pulmão é o tabagismo. Cerca de 85% dos casos estão associados ao hábito que aumenta em 15 a 30 vezes as chances de desenvolver o câncer ou até mesmo morrer pela doença. A exposição ao tabaco também colabora para o desenvolvimento deste tipo de câncer.

Outro fator de risco são as doenças pulmonares, como tuberculose, enfisema pulmonar ou bronquite crônica. O histórico familiar da doença também é um fator a ser considerado. Pacientes entre 50 e 70 anos estão mais vulneráveis e a exposição ao gás radônio também pode contribuir para o desenvolvimento da doença. A exposição ao amianto, em atividades de mineração, por exemplo, também contribui.

Devido a todos esses fatores, é indispensável a realização de exames periódicos e a procura de um profissional em caso de desenvolvimento de alguns sintomas característicos.