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Brasil atinge menor taxa de transmissão de HIV de mãe para filho da história

Ministério da Saúde enviou relatório à OMS com dados que comprovam a eliminação da transmissão vertical

| Autor: Redação / Varela Net
Brasil atinge menor taxa de transmissão de HIV de mãe para filho da história

Foto: Freepik

O Brasil alcançou uma marca histórica no combate ao HIV: a menor taxa já registrada de transmissão do vírus de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical. De acordo com relatório entregue nesta terça-feira (3) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), a taxa ficou abaixo de 2% em 2023. Além disso, a incidência da doença em crianças caiu para menos de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O documento foi apresentado durante a abertura do XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, XI Congresso Brasileiro de Aids e VI Congresso Latino-Americano de IST/HIV/Aids, realizado no Rio de Janeiro (RJ). O Brasil agora pleiteia o reconhecimento oficial da eliminação da transmissão vertical do HIV pela Organização Mundial da Saúde.

“Provamos que o Brasil é o maior país do mundo a ter eliminado a transmissão do HIV da gestante para o bebê”, afirmou Padilha. “Isso é uma conquista do SUS, do ativismo, da ciência e da política pública construída ao longo dessas décadas.”

A conquista é resultado direto de políticas públicas integradas e eficazes. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testagem universal, tratamento gratuito e protocolos clínicos que garantem cuidado integral às gestantes e seus bebês, diminuindo significativamente o risco de contaminação durante a gestação, parto e amamentação.

A certificação da eliminação da transmissão vertical do HIV é uma das metas do programa Brasil Saudável, lançado pelo Governo Federal. A iniciativa visa eliminar ou reduzir 14 doenças socialmente determinadas, entre elas tuberculose, hepatites virais e Doença de Chagas, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Com esses avanços, o Brasil se torna o primeiro país do mundo a implementar uma política pública nacional voltada especificamente para a eliminação de tantas doenças de forma simultânea, reafirmando seu compromisso com a saúde pública e com a equidade no acesso a cuidados de qualidade.
 

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