"Mudar de partido pra não mudar de lado", diz Roberto Carlos sobre saída do PDT

Depois de 32 anos no PDT, o deputado estadual Roberto Carlos deixou a sigla para ingressar no Partido Verde, que formará ao lado do PT e do PCdoB uma federação (Brasil da Esperança), novo modelo de aliança, testado a primeira vez na eleição de outubro. 

Em conversa com a equipe do Varela Net, durante a inauguração da Policlínica de Escada, no subúrbio de Salvador, na última semana, Roberto Carlos falou sobre a mudança de ares após mais de três décadas e disse acreditar em um bom desempenho do PV nas eleições estaduais, mantendo as atuais quatro cadeiras na Assembleia Legislativa. O parlamentar afirmou ter saído da sigla brizolista para continuar ao lado do grupo político que governa o estado, já que o PDT optou por apoiar a candidatura do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), ao governo da Bahia.

“Depois de 32 anos em um mesmo partido, sendo o meu primeiro e único partido na Bahia, eu, que disputei oito eleições e ganhei três de vereador e cinco de deputado estadual, e tive que mudar de partido para não mudar de lado”, começou o deputado estadual, que continuou. 

“Entrei no PV, estou confortavelmente bem no PV, estou construindo uma história como construí no PDT, e o PV hoje tem quatro cadeiras, tem quatro deputados. Acredito que continuar com os quatro deputados eleitos na federação, como também um deputado federal eleito pela federal, que é Bacelar”, completou Roberto Carlos. 

O PV não elegeu deputados estaduais na Bahia nas últimas eleições (2018). Entretanto, foi um dos principais beneficiados com a janela partidária, acolhendo os deputados Roberto Carlos, Vitor Bonfim, Alan Castro e Marquinho Viana. Na Câmara Federal, o partido recebeu o deputado Bacelar, eleito pelo Podemos.

*Sob a supervisão do editor Rafael Tiago Nunes