NotíciasPolíticaRicardo Lewandowski comenta sobre reação de Lula ao saber plano de assassinato contra ele

Ricardo Lewandowski comenta sobre reação de Lula ao saber plano de assassinato contra ele

A operação já prendeu militares e policiais federais

| Autor: Redação

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, forneceu mais detalhes, nesta terça-feira (19), sobre a reação do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ser informado de que a Polícia Federal (PF) havia efetuado a prisão de militares e um policial federal envolvidos em um esquema golpista que visava a realização de um golpe de Estado, além de arquitetar o assassinato do próprio chefe do Executivo.

Segundo o relato de Lewandowski, Lula demonstrou um profundo estado de surpresa e perplexidade ao tomar conhecimento da gravidade da situação. "Ele [Lula] me ligou ainda de manhã, do Rio de Janeiro, e estava completamente atônito, chocado com as proporções que o plano de golpe havia alcançado. Ele jamais poderia imaginar que pessoas dentro das próprias forças de segurança estivessem dispostas a tomar tais medidas extremas, incluindo a possibilidade de ele ser uma vítima fatal dessa trama", afirmou Lewandowski, explicando a reação inicial do presidente à informação de que sua vida estava em risco devido a um plano tão audacioso e perverso.

O contato entre Lewandowski e Lula ocorreu logo no início da manhã de terça-feira, logo após o começo da operação desencadeada pela Polícia Federal. A operação, que resultou na prisão de vários envolvidos, revelou que o plano de golpe de Estado já estava sendo orquestrado desde o final de 2022, com o objetivo de impedir a posse de Lula como presidente da República. Além disso, o plano envolvia ataques a outras figuras-chave do governo, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cujas vidas também estavam na mira dos conspiradores.

De acordo com as informações divulgadas pela PF, o esquema envolvia quatro militares e um agente da Polícia Federal, que haviam se organizado para desestabilizar o processo democrático e, com isso, instaurar um regime de força no país. As prisões, realizadas em uma ação coordenada, desmantelaram a célula golpista, que, além de planejar o assassinato de líderes políticos, tinha a intenção de incitar um clima de instabilidade e violência no país.

A divulgação dessas informações e a surpresa do presidente Lula diante do plano de assassinato e golpe de Estado colocam em evidência a gravidade da ameaça que o Brasil enfrentou nos últimos meses, envolvendo elementos dentro das próprias forças de segurança do país. A operação também gerou um grande impacto no cenário político nacional, provocando reações de repúdio em diversos setores da sociedade, que se manifestaram contra os planos golpistas e os envolvidos na trama.

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