Clima de tensão para posse de Lula aumenta após prisão de suspeito de terrorismo
Empresário George Sousa, de 54 anos, foi preso no sábado (24) e confessou planejar a ataque com bomba
Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação
Petistas estão preocupados com a segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a cerimônia em que ele tomará posse como presidente da República, na próxima segunda-feira (1º), em Brasília. O clima de apreensão aumentou após um empresário bolsonarista ter tentado explodir um caminhão de combustível próximo ao aeroporto na capital federal. George Sousa, de 54 anos, foi preso no sábado (24) pela Polícia Civil;
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, George Sousa disse em depoimento participar do acampamento no QG do Exército. Ele guardava em casa uma arsenal de armas e munições.
De acordo com a reportagem, o caso aumentou a pressão sobre o Exército, que vem sendo há semanas cobrado para desmobilizar os manifestantes. Ministros do Supremo fazem parte dos que defendem a imediata desocupação do local.
Conforme integrantes da alta cúpula da força, há intenção de desmontar a estrutura do local até o próximo dia 30. Na condição de anonimato, eles dizem que ainda haverá gente lá no dia da posse, mas o acampamento estará quase 100% desmobilizado.
Integrantes do Exército passaram a desmontar barracas, mudar permissão para estacionamento e proibir trio elétrico no local há cerca de 15 dias. Segundo um general ouvido pela Folha, o feriado do Natal foi importante para garantir que alguns voltassem para suas casas.
Para militares, se a desmobilização for truculenta, pode aumentar a temperatura e piorar o cenário.
Bolsonaro não se manifestou sobre o episódio e apenas postou uma mensagem de Natal nas redes sociais. Já autoridades envolvidas na cerimônia do dia 1º de janeiro falam na necessidade de revisão dos planos e reforço do policiamento diante do cenário.
Desde o resultado das eleições proclamado no segundo turno, bolsonaristas se reúnem no local para protestar contra a vitória do petista. Eles pedem intervenção militar e alimentam o discurso de que Lula não vai tomar posse.