Prefeitos voltam a afirmar que pastores pediam propina para obter verba do MEC
De acordo com os relatos, as cobranças de propina partiam do pastor Arilton Moura
Foto: Isac Nóbrega/PR
Nesta terça-feira (5), três prefeitos disseram, durante audiência no Senado, que um pastor cobrava propina em dinheiro, ouro e até por meio da compra de bíblias para que verbas fossem liberadas no Ministério da Educação.
De acordo com os relatos, as cobranças de propina partiam do pastor Arilton Moura. Segundo os prefeitos, ele também ajudava a viabilizar reuniões no MEC com o então ministro Milton Ribeiro e com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte.
Gilmar Santos, outro pastor, também foi citado entre os participantes das conversas. Os dois tinham trânsito livre no MEC.
A audiência foi organizada pela Comissão de Educação do Senado. Os prefeitos foram chamados a prestar depoimento após denunciarem a suposta atuação de pastores em recursos do MEC.
Em 22 de março, se tornou conhecida uma gravação na qual o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, dizia a prefeitos que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, repassava verba a municípios indicados por pastores