Partido de Bivar e ACM Neto, União Brasil já nascerá dividido
Eleição para governador da Bahia causa divergência entre os políticos
Foto: Jorge William/Agência O Globo
Oriundo da fusão entre PSL e o DEM, o partido União Brasil já surge com divergências. Enquanto o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), não quer que o partido mande o seu próprio candidato, Luciano Bivar (PSL) quer o partido estreando na eleição com um representante na briga pelo Palácio do Planalto.
O pré-candidato ao governo da Bahia quer evitar ao máximo que o partido emplaque o seu próprio candidato para não nacionalizar a eleição local. Nessa divisão, quem sai prejudicado é o pré-candidato do Podemos à Presidência, o ex-juiz Sérgio Moro. Inclusive, foi especulada uma mudança de Moro para o União Brasil, já que o grupo será o maior da Câmara e também com mais recursos.
De acordo com o colunista do site Metropoles, Guilherme Amado, ACM Neto chegou a conversar com o ex-ministro José Dirceu e com outros políticos que fazem o intermédio com o ex-presidente Lula, e já teria dito que gostaria de não se aproximar de nenhum candidato.
Em troca, Neto pede que Lula não entre com força para derrotá-lo. Hoje, o maior oponente de ACM Neto é o senador Jaques Wagner (PT), ex-governador do estado da Bahia e pré-candidato do PT para retornar ao cargo neste ano, apoiado pelo ex-presidente do Brasil.
Como o PSL é maior do que o DEM, Bivar é quem comandará o União Brasil. ACM Neto quer continuar dono do seu próprio futuro.