NotíciasPolíticaMilei se recusa pedir desculpas após chamar Lula de "Corrupto"

Milei se recusa pedir desculpas após chamar Lula de "Corrupto"

A fala do presidente da Argentina teria incomodado Lula

| Autor: Redação

Foto: REUTERS/Violeta Santos Moura

Em meio a uma troca de declarações ásperas entre líderes políticos sul-americanos, o presidente da Argentina, Javier Milei, reafirmou sua posição de não pedir desculpas ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, após tê-lo chamado de "corrupto" durante a campanha presidencial de 2023. A controvérsia teve início quando Lula mencionou, em uma entrevista ao portal Uol, que não havia estabelecido diálogo com Milei devido aos ataques recebidos e à ausência de um pedido de retratação por parte do argentino.

Em resposta às críticas de Lula, Milei argumentou que não mentiu ao rotular o presidente brasileiro, lembrando que Lula foi condenado por corrupção e fazendo referência ao seu passado político associado ao comunismo.

"Qual é o problema de eu tê-lo chamado de corrupto? Ele não foi preso por isso?", indagou Milei em entrevista ao canal argentino La Nación +. O presidente argentino continuou questionando a necessidade de se desculpar por "dizer a verdade", destacando um suposto ambiente de excessiva correção política.

"Desde quando precisamos pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não podemos sequer dizer a verdade sobre a esquerda?", afirmou Milei.

As declarações de Milei refletem uma postura desafiadora e não convencional em relação às normas diplomáticas tradicionais, intensificando as tensões entre os dois países vizinhos. A falta de um pedido de desculpas por parte do líder argentino pode complicar ainda mais as relações já turbulentas entre Argentina e Brasil, levantando questões sobre o futuro da cooperação bilateral.

Enquanto isso, Luiz Inácio Lula da Silva não fez novos comentários públicos sobre o assunto desde sua entrevista inicial ao Uol. A repercussão das declarações de Milei continua a ser monitorada de perto por observadores políticos e analistas internacionais, preocupados com o impacto nas relações regionais na América do Sul.

 

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