NotíciasPolíticaLula alfineta Haddad sobre crise do PIX

Lula alfineta Haddad sobre crise do PIX

O presidente Lula declarou que o governo terá maior controle sobre as medidas tomadas pelos seus ministros

| Autor: Redação Varela Net

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta segunda-feira (20), o presidente Lula questionou seus ministros sobre os últimos acontecimentos relacionados à crise gerada pela proposta de monitoramento de transações bancárias pela Receita Federal. O presidente reafirmou o poder do chefe da Casa Civil, o ex-governador da Bahia, Rui Costa, sobre os atos normativos do ministério. Embora não tenha citado diretamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula demonstrou seu desapontamento com a medida tomada pela Receita Federal, informando que agora haverá um controle maior sobre as decisões das pastas.

A crise foi desencadeada após a repercussão de notícias falsas sobre uma possível taxação do PIX, gerando uma das maiores turbulências enfrentadas pela atual gestão. O episódio teria prejudicado algumas relações de Haddad no governo. Após a repercussão negativa da medida, a Receita Federal recuou, levando o presidente Lula a editar uma medida provisória para garantir que o método de pagamento não seja taxado.

“Daqui para frente, é dedicação. Mais do que já tiveram. Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que crie confusão para nós sem que essa portaria passe pela Presidência da República, através da Casa Civil. Muitas vezes, a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, faz um negócio qualquer, e, daqui a pouco, arrebenta e vem cair na Presidência da República”, disse Lula a seus ministros.

Segundo o presidente, os ministros não poderão mais editar portarias sem a aprovação da Casa Civil, ou seja, sem o aval do ministro Rui Costa, com o objetivo de garantir maior controle sobre as medidas dos ministros e evitar novas crises no governo.

Lula aproveitou para expressar seu desapontamento com os altos preços dos alimentos. Para o presidente, o governo precisa garantir que a população consiga adquirir alimentos, e para isso, os preços devem estar em "condições compatíveis" com os salários dos trabalhadores.

“Se a gente trabalhou pela reconstrução e união, agora a gente tem que trabalhar outra coisa importante: reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador”, afirmou Lula, em discurso de abertura na primeira reunião ministerial deste ano, fazendo referência ao slogan de seu terceiro mandato: União e Reconstrução.

“Os alimentos estão caros na mesa do trabalhador. Todo ministro sabe que o alimento está caro e é uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue à mesa do povo trabalhador, da dona de casa, à mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, completou o petista.

Tags

Notícias Relacionadas