Jerônimo responde sobre situação da educação na Bahia e alfineta ACM Neto
Ex-secretário estadual de Educação passou pela sabatina promovida pelo portal G1 Bahia, nesta quarta-feira (24), e afirmou que pretende fazer um 'mutirão' na área, caso seja eleito governador
Foto: Reprodução
Ex-secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) foi o entrevistado desta quarta-feira (24) da sabatina promovida pelo portal G1 Bahia com os candidatos ao governo do estado. Um dos temas da entrevista foi atual situação da educação - a Bahia não conseguiu alcançar as metas no Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Jerônimo defendeu a criação de um sistema nacional de educação, nos moldes do Sistema Único de Saúde (SUS), e afirmou que pretende fazer um mutirão, caso seja eleito governador da Bahia no pleito de outubro, para melhorar os números da área no estado.
"Se a gente não fizer uma agenda federativa de um sistema, só agora na estão do Rui Costa, nós passamos pela Assembleia (Alba) a criação de um Sistema Estadual de Educação. É como o SUS, que tem a relação 'União-Estado-Município'. Nós temos isso no Brasil, um sistema de educação nacional que funcione como o SUS. Quem foi que segurou agora a pandemia, mesmo o governo federal fazendo o que fez? Nós tínhamos um SUS amadurecido, e no Brasil nós não construímos isso. Educação não é pauta de governo, tem que ser pauta de estado. Os governos que entram têm que respeitar a política e adaptar, não destruir. Fortalecer o processo de interação entre município, estado e União", afirmou Jerônimo.
O candidato petista ainda aproveitou a sabatina para rebater as críticas do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). Segundo Jerônimo, Neto encerrou o programa de formação de jovens e adultos, e não ofertou, na sua gestão, creches suficientes para o número de estudantes. O postulante ao Palácio de Ondina ainda afirmou que a ausência da alfabetização na educação de base interfere no desempenho do estado no IDEB.
"Eu preciso de você, secretário, para fazer um mutirão [...] Além do IDEB, que é um indicador de avaliação de aprendizagem, tem um outro tema, que é o analfabetismo, que volta e meia o ex-prefeito de Salvador, que acabou aqui em Salvador com o programa de formação de jovens e adultos, não tem oferta suficiente de creche para os estudantes, não fez creche em Salvador. Aí quando vem para a gente questionando o analfabetismo, a gente pergunta: Qual a idade certa para alfabetizar uma criança? Entre 5 e 6 anos. De quem é essa responsabilidade de alfabetizar na Constituição? É uma responsabilidade prioritária do município. Portanto, quando o estudante não se alfabetiza naquela idade certa, ele perde três anos e fica defasado, e isso conta no Ideb. Então, o IDEB da Rede Estadual, paga uma conta porque perdemos uma oportunidade de alfabetizar. O estudante faz a prova, ele tira uma nota e a nota é contada para o Ideb. Eu entendo que tem que começar na base", finalizou Jerônimo.
* Sob supervisão do editor Rafael Tiago Nunes