Eduardo Bolsonaro leva dossiê contra Moraes e feitos da Lei Magnitsky a reuniões com equipe de Trump

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participará de uma série de reuniões a partir desta quarta-feira (13) em Washington DC, capital dos Estados Unidos, com representantes do governo Trump. Na ocasião, o brasileiro levará um dossiê sobre a repercussão da imposição da Lei Magnistky contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Informações são da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo. 

Segundo a publicação, mesmo a retaliação americana não tendo impedido a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a reclusão domiciliar, o objetivo do deputado será mostrar que a Lei fortaleceu a oposição no país, causando efeitos positivos no STF e no Congresso Nacional. 

O deputado quer defender que a retaliação dos Estados Unidos foi bem sucedida por tensionar os bastidores da Suprema Corte brasileira e dar fôlego à oposição, que realizou um motim no Congresso para pressionar as Mesas Diretoras das duas Casas a pautar a anistia bolsonarista.

Além disso, no relatório, Eduardo pode destacar o fato de Moraes não ter consultado o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, nem mesmo os colegas mais próximos do STF, para determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro, agindo sozinho por medo de nem a PGR, nem os colegas do STF concordarem com a decisão, segundo entendimento de Eduardo. 

Além disso, o documento deve apresentar reportagens que mostram um desgaste nos bastidores do STF com Moraes. Um dos possíveis episódios a estarem presentes no dossiê serão os conselhos de Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes para que o colega ajude a “maneirar” suas decisões no inquérito da trama golpista, que tem Jair Bolsonaro como um dos réus. 

O objetivo principal do dossiê é mostrar às autoridades dos EUA que o ideal nesse momento é isolar Moraes dentro do STF antes de usar a Lei Magnitsky contra outros ministros.