Defesa de Bolsonaro afirma que ex-presidente "aceitou a derrota" nas eleições de 2022

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou recentemente um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele aceitou a derrota nas eleições presidenciais de 2022. Segundo os advogados, Bolsonaro teria feito um apelo para que seus apoiadores aceitassem a transição de governo de forma pacífica. Essa declaração contrasta com episódios anteriores, nos quais o ex-presidente questionou publicamente o resultado das urnas e foi acusado de tentar articular um golpe de Estado.

O documento, entregue no dia 6 de março, também nega qualquer envolvimento de Bolsonaro em tramas golpistas, como os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A defesa argumenta que ele não assinou decretos que poderiam restringir ou impedir o exercício do poder do governo eleito. Além disso, os advogados indicaram 13 testemunhas para o julgamento, incluindo figuras próximas ao ex-presidente, como o senador Hamilton Mourão e o deputado Eduardo Pazuello.

Apesar das alegações da defesa, críticos apontam que as declarações de Bolsonaro e suas ações anteriores não condizem com a narrativa apresentada no documento. O julgamento no STF promete ser um marco importante para esclarecer os eventos que cercaram a transição de poder e as acusações contra o ex-presidente.