Declaração de Belém deve rebater medidas protecionistas da União Europeia
Cúpula da Amazônia acontecerá nos dias 8 e 9 de agosto e reunirá líderes dos oito países-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica
Foto: Tauan Alencar/Câmara dos Deputados
Antes mesmo de começar, a Cúpula da Amazônia chama atenção da política internacional. A expectativa é de que os oito países-membros da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) apresentem ações para selar parcerias comerciais, com o intuito de evidenciar a determinação do grupo para equilibrar a exploração de minérios e combustíveis fósseis com o compromisso ambiental.
O evento está previsto para acontecer em Belém, no Pará, nos próximos dias 8 e 9 de agosto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá receber representantes de outros sete países. São eles: Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guiana, Peru, Suriname e Equador.
O jornal Folha de S.Paulo conseguiu acesso ao rascunho da Declaração de Belém, que tem como objetivo mostrar essas intenções, além de rebater medidas protecionistas da União Europeia. De acordo com o veículo, o documento deve “condenar a proliferação de medidas comerciais unilaterais que, baseadas em requisitos e normas ambientais, se traduzem em barreiras comerciais e afetam principalmente aos pequenos produtores dos países em desenvolvimento".
O documento deixa claro que os países devem cumprir com os compromissos firmados na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), que ocorreu entre os dias 6 e 20 de novembro de 2022. Na ocasião, os países desenvolvidos prometeram desembolsar US$100 bilhões anuais para colaborar com as questões ambientais dos países em desenvolvimento.
