NotíciasPolíticaDamares Alves deu R$ 250 mil do Fundão a atual ministra de Bolsonaro

Damares Alves deu R$ 250 mil do Fundão a atual ministra de Bolsonaro

Sucessora de Damares no Ministério dos Direitos Humanos, ministra Cristiane Britto é dona de empresa que recebeu R$ 1 milhão do Republicanos

| Autor: Redação

Foto: Redação

 

A campanha de Damares Alves (Republicanos), ex-ministra dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro e candidata ao Senado no Distrito Federal, repassou R$ 250 mil do Fundo Eleitoral para a empresa de advocacia da sua sucessora na pasta, a ministra Cristiane Britto, por serviços jurídicos prestados para a candidatura. 

Cristiane Britto assumiu o posto de Damares após ela se desincompatibilizar para a disputa das eleições. Antes, ela era secretária da Mulher no ministério desde 2019.

Conforme o portal de divulgação de candidaturas e contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os valores pagos à empresa "Flavio Britto E Cristiane Britto Advocacia E Consultoria Juridica & Advogados Associados S/S",  de propriedade da ministra e seu marido, o ex-desembargador eleitoral Flávio Britto, foram feitos em duas vezes. O primeiro pagamento foi realizado em 25 de agosto, no valor de R$ 125 mil. O segundo, no mesmo valor, em 30 de agosto. 

De acordo com o colunista do portal Metrópoles, Guilherme Amado, o escritório Flávio Britto e Cristiane Britto Advocacia já recebeu R$ 1 milhão de candidatos nesta campanha. Todos são do Republicanos, partido da ex-ministra Damares.

Entre os contribuintes, está Douglas Garcia, candidato a deputado federal por São Paulo e que na última terça-feira (13) atacou a jornalista Vera Magalhães durante um debate. Os maiores repasses vêm do próprio partido: R$ 600 mil do diretório paulista e R$ 85 mil do diretório nacional.

À coluna, Damares negou haver conflito de interesse nos pagamentos. “O marido dela [Cristiane Britto] é advogado do Republicanos, um dos melhores de Brasília. Cristiane também era advogada do partido. Não vejo conflito”. O escritório afirmou que “não há qualquer impedimento legal ou conflito ético” na contratação.

A outro portal, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos alegou que a ministra Cristiane Britto não responde pela empresa de advocacia da qual seu marido é sócio. A pasta reforça que ela se desvinculou desde o período em que assumiu no ministério como secretária nacional de Políticas para as Mulheres, conforme exige a lei.

Contudo, na Receita Federal, a ministra consta como Sócio-Administrador da companhia.

Tags

Notícias Relacionadas