CUT critica salário mínimo anunciado por Lula: "Não é suficiente"
Central Única dos Trabalhadores sem manifestou em nota contra reajuste anunciado pelo presidente

Foto: Domingos Júnior/Varela Net
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) criticou, na quinta-feira (16), por meio de nota, o valor do reajuste do salário mínimo para R$ 1.320, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na nota divulgada, a CUT afirma que a iniciativa de Lula é uma tentativa de reparo às medidas adotadas pelos governos anteriores, mas diz considerar que o aumento não é o suficiente para suprir as necessidades do trabalhador assalariado. A CUT ainda pontua que, segundo os cálculos da Dieese, o salário precisaria estar R$ 1.382,71. O texto é assinado pelo presidente da Central, Sérgio Nobre.
Leia a nota
“Hoje, o governo Lula em tentativa de reparação do desmonte orquestrado pelos governos Temer e Bolsonaro, divulgou aumento do salário mínimo para R$ 1.320,00, a vigorar a partir de maio. O salário mínimo valorizado é o maior instrumento para se diminuir a desigualdade social, apontar para o crescimento do país e remunerar corretamente a força de trabalho.
A Central Única dos Trabalhadores, que conhece os direitos e representa a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, sabe que esse aumento não é o esperado nem suficiente. A CUT estuda a fundo, de forma técnica, todos as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador.
Os cálculos do DIEESE mostram que, se o Programa de Valorização do Salário Mínimo não tivesse sido interrompido, hoje valor deveria ser de R$ 1.382,71. O que significa uma valorização de 6,2%. A retomada do crescimento econômico só se dará com uma política consistente de valorização salarial.
É a força dos trabalhadores que movimenta a economia brasileira. Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando. É importante deixar claro que a CUT não foi consultada nem ouvida a respeito do novo salário mínimo. A CUT não deixará de defender o trabalhador e seus direitos. Reafirmamos que R$ 1.382,71 é o valor mínimo que a Central Única dos Trabalhadores defende e pelo qual trabalha".