Bolsonaro e Eduardo entram em conflito sobre tarifa de Trump: Moraes ou Lula é o culpado?
Ex-presidente e seu filho discordam sobre quem deve ser responsabilizado pelas sanções dos EUA

Foto: REPRODUÇÃO/TWITTER
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou, nesta sexta-feira (11), um desentendimento com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em meio à repercussão do tarifaço imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros. A divergência gira em torno de quem seria o principal responsável pela sanção comercial anunciada pelo republicano.
Enquanto Eduardo responsabiliza o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, por supostamente ter criado instabilidade política no país, Jair Bolsonaro atribui a culpa exclusivamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em publicação nas redes sociais, Eduardo escreveu: “Lula contribuiu, é verdade. Mas o principal culpado pela Tarifa-Moraes chama-se Alexandre de Moraes”. O deputado alega que Trump não teria adotado as tarifas se não fosse o julgamento contra Bolsonaro, conduzido pelo magistrado do STF.
Já o ex-presidente discorda do filho e reforça que o atual chefe do Executivo é o único responsável pelas sanções. A mesma linha foi adotada por canais oficiais do Partido Liberal.
Publicação do PL
O perfil oficial do PL divulgou um vídeo atribuindo inteiramente a culpa a Lula. Na publicação, são citados pontos que, segundo o partido, contribuíram para o desgaste diplomático entre Brasil e Estados Unidos, incluindo declarações do petista na Cúpula do Brics sobre a substituição do dólar em transações internacionais.
“A CULPA É DO LULA Você leu certo! A taxação que recaiu sobre o Brasil tem um único responsável: o próprio governo atual [...] Lula provocou tanta desavença diplomática com os Estados Unidos e fez a situação tributária do nosso país chegar até aqui!”, diz a postagem.
A nova política tarifária dos EUA tem causado reações diversas entre lideranças políticas brasileiras e acentuado tensões internas no campo conservador, onde até mesmo aliados históricos agora discordam sobre o rumo das relações exteriores do país.