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Assembleia de Minas Gerias reforça segurança de deputada petista após ameaças

Essa não é a primeira vez que a parlamentar sofre ameaças

| Autor: Redação

Foto: Divulgação/ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reforçou nesta segunda-feira (11), a segurança da deputada estadual Andréia de Jesus (PT-MG), após ela receber uma carta em seu gabinete, sem identificação, que constava com ameaças, ofensas racistas e símbolos nazistas.

Andréia estava sendo protegida por um guarda cedido pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), mas após as novas ameaças, o número de agentes responsáveis pela segurança da parlamentar será aumentando. Na carta, havia um recorte de jornal com uma foto de macaco e frases como "defensora de bandido", macaca das neves", em referência a cidade Natal de Andréia, Ribeirão das Neves, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e "amiga de vagabundo". 

Símbolos como a suástica do nazismo, e uma caveira, também foram desenhados, Andréia procurou a Polícia Civil, no qual registrou um boletim de ocorrência. 

Na sexta-feira (8), a deputada disse que pensa em desistir da vida pública diante de tantas ameaças que vem sofrendo.

Sou uma mulher preta, vim de baixo e cheguei em um espaço de poder, isso incomoda, mas a questão é que essas pessoas me atacam de forma criminosa. Vivemos em uma sociedade racista que usa deste racismo para me atacar - afirmou Andréia.

Essa não é a primeira vez que Andréia de Jesus foi vítima de racismo. Desde que a petista passou a presidir a Comissão de Direitos Humanos, a bancada da bala na assembleia passou a tratar a parlamentar como "inimiga número um". Andréia já chegou a receber mensagem que dizia "Seu fim será como o de Marielle Franco", vereadora carioca assassinada no Rio de Janeiro em março de 2018. A partir desse caso, ela passou a andar com escolta policial.

Neste domingo (10), a morte do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, mobilizou o país, e levantou um debate sobre a violência política.
 

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