Após pedir para atuar dos EUA, Eduardo Bolsonaro se ausenta de sessões virtuais da Câmara

Desde que sua licença parlamentar terminou em 20 de julho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não tem registrado presença nem votado nas sessões semipresenciais da Câmara dos Deputados mesmo após ter solicitado autorização para exercer o mandato à distância enquanto permanece nos Estados Unidos, onde está desde fevereiro.

A Câmara permite, desde a pandemia de Covid-19, que os parlamentares participem das sessões de forma remota, por meio de um aplicativo de celular com verificação em duas etapas. Essa modalidade, embora implantada como medida emergencial durante a crise sanitária, continua em vigor, especialmente nas sessões realizadas às quintas-feiras, com possibilidade de uso em outros dias, em caráter excepcional.

Apesar da possibilidade de participar remotamente, Eduardo Bolsonaro esteve ausente de todas as seis sessões semipresenciais ocorridas desde o fim de sua licença. De acordo com o site oficial da Câmara dos Deputados, até o momento, em 2025, o parlamentar tem 13 presenças registradas e 17 ausências não justificadas — o que equivale a pouco mais da metade das sessões realizadas neste ano.

O deputado permanece nos Estados Unidos alegando envolvimento em articulações políticas relacionadas a sanções impostas a autoridades brasileiras. No ofício enviado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Eduardo justifica sua permanência no exterior citando “perseguições políticas” e invoca como referência o modelo de trabalho remoto adotado durante o período da pandemia.