NotíciasPolíticaABIN espionou promotora do caso Marielle e ligou Gilmar mendes e Moraes ao PCC

ABIN espionou promotora do caso Marielle e ligou Gilmar mendes e Moraes ao PCC

ABIN teria usado software de espionagem mais de 60 mil vezes entre 2019 e 2021

| Autor: Redação

Foto: Reprodução / Guilherme Cinha/ Alerj

Segundo informações de um relatório enviado ao STF, a Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, tentou linkar os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes ao Primeiro Comando da Capital, o PCC. Ambos os ministros eram de oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro. 

“As ações apresentaram viés político de grave ordem representando mais um evento de instrumentalização da Agência Brasileira de Inteligência", alegou a Polícia Federal, sobre a Operação Vigilância Aproximada, iniciada nesta quinta-feira (25). Ainda segundo a PF, as informações produzidas pela ABIN já estavam sendo circuladas por entre grupos Bolsonaristas. 

Alexandre Ramagem, que foi diretor da ABIN entre os anos de 2019 e 2022, é um dos principais alvos da operação Vigilância Aproximada, pois segundo a Polícia Federal, ele autorizou investigações paralelas sem aval judicial e sem que nenhum indício indicasse a necessidade para as apurações.

Além disso, a PF encontrou indícios que a ABIN utilizou um software para monitorar as atividades de uma promotora que estava à frente da investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. 

Segundo informações, a investigação que deu início à operação após a denúncia que a ABIN teria usado o programa First Mile para monitorar adversários políticos do Ex-presidente Jair Bolsonaro, como Rodrigo Maia, Camilo Santana, e a ex-deputada Joice Hasselmann. O First Mile não dá acesso à informações trocadas em mensagens e ligações, mas é usado para geolocalizar pessoas em tempo real e pode conseguir estatísticas de operadoras telefônicas.

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