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Polícia Civil investiga denúncia de agressão feita por babá contra patroa

Caso ocorreu na sexta-feira (1º), em um prédio no bairro de Stella Maris; mulher nega agressões

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/TV Bahia

A babá Aline Rodrigues de Brito, de 28 anos, registrou nesta segunda-feira (4), a denúncia de agressão feita contra a empresária Melina Esteves França, em um prédio no bairro de Stella Maris. Segundo a Polícia Civil, a ameaça e agressão física são investigadas pela 12ª Delegacia Territorial (DT) de Itapuã.

De acordo com a polícia, Aline Rodrigues de Brito também teve o celular quebrado. A autora, que já é investigada por agressões a ao menos 11 babás, será intimada na unidade policial.

Na manhã desta segunda, representantes da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos da Bahia (Sindoméstico-BA) protestaram na frente da delegacia.

Em 2021, a babá Raiana Ribeiro da Silva pulou do 3ª andar do prédio que Melina Esteves França morava, no bairro do Imbuí. A vítima, que ficou internada no Hospital Geral do Estado (HGE), com suspeita de fratura nas pernas, afirmou ter tomado a medida após ser mantida em cárcere privado pela patroa.

A reportagem da TV Bahia entrou em contato com a empresária, que confirmou que houve uma discussão entre ela e a babá, mas negou a agressão física. Melina ainda disse que iria se posicionar nesta segunda-feira (4), através de um advogado. No entanto, até por volta das 12h40, ela ainda não tinha se posicionado.

Denúncia de Aline

Aline Rodrigues é da cidade de Nazaré, no recôncavo do estado, e chegou na capital baiana há cerca de 16 dias. A jovem foi chamada para trabalhar como babá das filhas de Melina após um amigo, que é feirante, indicá-la para a vaga – nem Aline, nem o feirante, sabiam do histórico de agressões da empresária.

Segundo a babá, a confusão ocorreu porque ela se recusou a ir no bar pegar uma das crianças que a empresária havia levado com ela.

"Ela mandou mensagem para mim pedindo para eu ir no bar pegar a menina. Aí eu falei: 'dona Melina, eu sinto muito, mas o meu trabalho é aqui dentro de casa, cuidando das meninas dentro de casa. A senhora levou ela para o bar, então a senhora traga ela, que eu pego ela aqui no portão'", relatou.

Ainda segundo a vítima, a empresária reclamou e afirmou que esse era o trabalho de Aline. Como a babá não foi ao estabelecimento, Melina levou a filha para casa. "Ela veio até em casa, me deu a menina, mandou eu levar a menina para a cama", disse.

"Eu peguei a menina [no colo], carreguei, subi a escada, botei a menina na cama e ela [Melina] foi atrás de mim. Quando eu desci, ela me empurrou da escada", afirmou.

A babá acionou a polícia, mas quando a equipe chegou no local, a empresária já havia saído do imóvel sem levar as filhas. Aline disse que ficou no imóvel com os policiais até o momento em que uma amiga de Melina chegou na casa para ficar com as crianças.

Impedida de sair da casa

Segundo Aline, a empresária teria impedido que ela saísse da casa durante o ocorrido. Um trecho da discussão foi gravado em vídeo pela babá. 

No vídeo, a babá dizia que Melina iria pagá-la pelos dias trabalhados, momento em que a empresária seguiu em direção ao interfone para chamar o porteiro.

Ainda segundo Aline, ela conseguiu sair do imóvel da empresária e foi para a portaria do condomínio.

"Eu chamei a polícia, ela [Melina] veio, mandou mensagem para mim mandando eu enviar meu PIX, que ia mandar dinheiro para eu ir embora e mandou eu deixar a polícia para lá, mas eu disse que não, que eu ia chamar a polícia, porque é um direito meu e ela não tinha esse direito de me bater", relatou.

A babá ficou na portaria até a chegada da polícia. "Quando ela [Melina] viu que a polícia ia chegar, ele pegou o carro e foi embora", disse Aline.

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