Mulher relata agressão de ex-companheiro em aniversário da filha em Salvador
Caso aconteceu em condomínio no bairro de Stella Maris; medida protetiva foi pedida à Justiça
Foto: Reprodução/Tv Bahia
Uma mulher relatou ter sido agredida pelo ex-companheiro durante a festa de aniversário da filha, de 10 anos, em um condomínio no bairro de Stella Maris, em Salvador. As informações são do g1
Segundo a mulher, que preferiu não revelar a identidade, ela está separada do suspeito há três anos. O caso aconteceu no sábado (5), no condomínio onde a menina mora com o pai.
A mulher contou que a garota tem um sério comprometimento psíquico e psicológico. Com a separação, ela decidiu morar em Ilhéus, no sul da Bahia, e a menina ficou com o suspeito, por causa do tratamento médico que ela faz na capital baiana, que estaria dando bons resultados.
"Logo pela manhã, quando a criança veio ao meu encontro, ela já veio muito tensa, apreensiva, dizendo que o pai disse que tinha uma surpresinha para a mãe dela, e mostrou um facão", relatou.
Ainda segundo a mulher, a menina contou que a companheira do suspeito disse que agrediria a mãe dela fisicamente.
"Essa criança ficou desnorteada e saiu pelo condomínio correndo, muito nervosa. Eu tentei acalmá-la, porque a festinha dela estava toda pronta no salão do condomínio".
De acordo com a denunciante, quando ela segurou a filha, a atual companheira do suspeito começou a gritar que ela tinha abandonado a menina e jogou um celular nela.
"Eu peguei o celular e joguei no chão, foi quando ela veio para cima de mim e houve uma luta corporal. Ele tirou ela e começou uma sessão de espancamento em mim", contou.
"Foi por muito tempo. Murros, socos, eu estou com uma lesão na face, pontos na sobrancelha, cheia de hematomas. Foram chutes, tudo", lembrou a mulher.
A mulher afirmou que as agressões aconteceram na frente dos convidados da festa.
"Por um momento, já estava desorientada, eu ouvi alguém gritando que ia dar ruim para ele e alguém me arrastou dizendo 'foge'. Foi quando eu saí, correndo, muito machucada, e ele foi atrás de mim dizendo que ia me matar ali".
Neste momento, a menina teria corrido atrás dos pais com pedidos para que ele parasse de perseguir a mãe.
"Uma vizinha da casa que eu estava me jogou dentro do carro, me deu socorro e levou para o hospital e Deam. Fizemos todos os trâmites burocráticos necessários", afirmou.
Em nota, a Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado na Deam de Brotas para apurar o caso e depoimentos foram agendados. As imagens das câmeras de segurança do condomínio também serão analisadas.
A polícia afirmou ainda que um pedido de medida protetiva foi feito à Justiça e a resposta é aguardada. A denunciante afirmou tem a sensação de que nada foi feito.
"A sensação que eu tenho é de impunidade, porque ele não foi preso. Não tem nenhuma prisão preventiva, o estado que cheguei na delegacia não deixava dúvidas e as filmagens comprovam".