NotíciasPolíciaMotorista envolvido no acidente que matou mais de 30 pessoas estava sob efeitos de drogas

Motorista envolvido no acidente que matou mais de 30 pessoas estava sob efeitos de drogas

Exame toxicológico apontou uso de cocaína e ecstasy

| Autor: Redação/Varela Net

Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação

O motorista da carreta envolvido no acidente que matou 39 pessoas, na BR-116 em Minas Gerais, no final do ano passado, estava sob efeito de cocaína, ecstasy e outras drogas. O exame toxicológico realizado no suspeito dois dias após a batida confirmou o diagnóstico. Arilton Bastos Alves foi preso no Espírito Santo, na manhã de terça-feira (21). O exame detectou MDA (ecstasy), alprazolam (remédio para ansiedade) e venlafaxina (antidepressivo) no material biológico do condutor. Ao interpretar os resultados, os peritos concluíram que ele consumiu "cocaína e álcool etílico concomitantemente".

A decisão também aponta que, "há indícios de que o investigado tinha por costume conduzir veículos automotores sob efeito de bebidas alcoólicas". Em julho de 2022, ele foi abordado por policiais, apresentou sintomas de embriaguez e acabou sendo penalizado com a suspensão do direito de dirigir. "Ao ver do Juízo, diante destas informações, não há o que se falar em simples descuido ou inobservância de um dever de cuidado objetivo, mas em deliberada assunção de risco, mormente quando embalado pelo uso de drogas diversas", diz um trecho da decisão, assinada pelo juiz Danilo de Mello Ferraz.

O acidente ocorreu na madrugada do dia 21 de dezembro em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. A carreta levava dois blocos de quartzito, com peso total superior a 68 toneladas, que somado à carreta e os dois semirreboques, chega-se a 91,261 toneladas. Quase o dobro do permitido. As pedras se soltaram e atingiram um ônibus que vinha de São Paulo a caminho de Vitória da Conquista. A colisão gerou um grande incêndio e a morte de 39 pessoas. O caminhoneiro fugiu do local da batida e se apresentou à polícia dois dias depois, em 23 de dezembro, mas foi liberado – na época, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil.

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