Morador desabafa sobre registros de criminalidade na região do Alto das Pombas
'A gente não tem direito de ficar em casa', disse o morador, que preferiu não se identificar
Foto: Reprodução/TV Bahia
Outras três mortes foram confirmadas durante as trocas de tiros na localidade do Alto das Pombas e Calabar, na capital baiana, nesta terça-feira (5). Desde que os confrontos tiveram início na noite de domingo (3), 10 mortes já foram contabilizadas. De acordo com a Polícia Civil, Todos os mortos eram envolvidos com facções criminosas.
Famílias preferiram deixar o bairro na noite da segunda (4), por causa do clima inseguro na região. Outros moradores, que ainda estão no Alto das Pombas e no Calabar, não descartam a possibilidade de mudança.
"A gente trabalha, paga nossas contas e não tem direito de ficar na própria casa. Já estou pensando em sair do bairro", disse um morador, que não foi identificado.
Três suspeitos ficaram feridos depois de um embate com equipes do Batalhão de Patrulhamento Tático Móvel (BPatamo), na manhã desta terça. Eles foram socorridos para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiram.
Confira o balanço da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), até a noite desta terça-feira:
- 10 pessoas mortas
- 8 pessoas presas
- 4 ações com reféns e 17 reféns liberados
- Apreensão de 6 fuzis, 11 pistolas e 3 granadas
Jerônimo reúne cúpula da SSP
O governador Jerônimo Rodrigues reuniu, na manhã desta terça-feira, a cúpula da Segurança Pública no estado, para debater sobre os casos de insegurança na capital.
Além do secretário da SSP, Marcelo Werner, do comandante da PM, Paulo Coutinho, do subsecretário da SSP, Marcel Oliveira e da delegada-chefe da Polícia Civil, Heloisa Brito, participaram da reunião, o vice-governador Geraldo Júnior, e os secretários da Casa Civil, Afonso Florence, da Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, e de Comunicação, André Curvello.
Conforme o secretário da SSP, Marcelo Werner, o governador cobrou metas e ações que envolvam outras área do governo durante o encontro.
"Ele está sempre acompanhando, dando as diretrizes, estabelecendo metas, pedindo pra que nós façamos ações pontuais, de inteligência de integração, e que sejam promovidas em relação a complexidade que é a segurança pública e que envolvam outras secretarias, porque como a gente costuma dizer: polícia é segurança pública, mas segurança pública não é só polícia", disse.
