NotíciasPolíciaGarota de 8 anos é espancada e morta pelo pai no Rio de Janeiro

Garota de 8 anos é espancada e morta pelo pai no Rio de Janeiro

Caso aconteceu em Niterói e a Polícia Civil ainda investiga

| Autor: Redação

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Um homem suspeito de ter espancado e causado a morte de sua própria filha, uma criança de 8 anos, foi preso em flagrante nesta terça-feira (12), por policiais civis da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG).

O acusado, identificado como Ilias Damala e natural do Benin, na África, teria agredido a filha, Aoulath Alyssah Rodrigues Damala, como forma de "correção" de seu comportamento na escola. O crime aconteceu no bairro São Lourenço, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, onde a vítima residia com o pai.

O delegado encarregado das investigações, Willians Pena, revelou que o corpo da criança apresentava evidências de agressões anteriores.

"O que temos é que ele claramente agrediu a filha diversas vezes. Posso afirmar que, em dez anos, muitos deles trabalhando com homicídios, nunca tinha visto aquela intensidade de lesões."

Tortura

De acordo com o delegado, o caso pode ser categorizado como tortura. "O que ela vinha sofrendo é tortura. Não é lesão, não é correção, não é exagero. É tortura."

Uma equipe da Delegacia de Homicídios realizou perícia na residência onde o pai coabitava com a filha, encontrando e apreendendo um cinto supostamente utilizado para agredir a criança.

O exame do Instituto Médico Legal (IML) revelou lesões nas costas, tórax, braços e face da vítima. A suspeita é que a morte tenha ocorrido em decorrência de uma lesão na coluna cervical.

Segundo a Polícia Civil, durante o incidente, vizinhos relataram ter ouvido barulhos anormais. No entanto, familiares afirmaram que o comportamento do suspeito parecia tranquilo.

Ilias Damala foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, praticado por meio de tortura, por ascendente, e contra menor de 14 anos.

O delegado salientou que quatro testemunhas, entre familiares e médicos, já foram ouvidas, e as investigações continuam em curso.

"Não consideramos o caso encerrado. Todos os envolvidos no círculo da vítima e do suspeito serão ouvidos. Além disso, ele possui um registro em 2015 por agressão contra a mãe da criança", acrescentou o delegado.
 

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