Ação em penitenciária busca identificar envolvidos em incêndios no bairro do Lobato

Na noite do último sábado (26), a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), em ação conjunta com a Polícia Militar, Polícia Civil, além dos setores de inteligência da própria Seap e da Secretaria da Segurança Pública (SSP), iniciou a Operação Égide. O objetivo da operação é impedir qualquer forma de comunicação entre líderes de facções criminosas que estão presos e seus comparsas em liberdade, especialmente após os recentes ataques ocorridos no bairro do Lobato, em Salvador.

A ofensiva se concentrou no Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde foram realizadas revistas simultâneas em celas de quatro unidades prisionais. Participaram das ações equipes do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP), policiais do serviço ordinário e do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

A operação foi organizada pela Superintendência de Gestão Prisional (SGP), por meio da Diretoria de Segurança Prisional (DSP), com atuação direta do GEOP. Também atuaram no trabalho de fiscalização e monitoramento os policiais penais da Central de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (CMEP), da Coordenação de Monitoração e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP), além de agentes do Batalhão de Guardas e do Grupamento de Patrulhamento Aéreo (Graer).

Terror na madrugada

A ação foi desencadeada após uma madrugada marcada pelo terror no bairro do Lobato, subúrbio ferroviário de Salvador. Na madrugada de sábado (26), criminosos fortemente armados, ligados ao Comando Vermelho (CV), invadiram a Rua Voluntários da Pátria, localidade popularmente conhecida como "Corre ou Morre".

Durante o ataque, os traficantes dispararam tiros e atearam fogo em veículos. Quatro automóveis foram totalmente destruídos, dois sofreram danos parciais devido às chamas e outros seis foram pichados com as iniciais da facção. O episódio causou pânico e desespero entre os moradores da região.