Paciente com câncer recebe teste positivo para coronavírus por 471 dias
O homem de 60 anos, está em tratamento contra leucemia linfocítica e câncer no sistema linfático
Foto: Paula Froes/GovBA
Pesquisadores das universidades de Yale, Carolina do Norte e Sydney, identificaram um paciente infectado pelo novo coronavírus por 471 dias. O homem de 60 anos, está em tratamento contra leucemia linfocítica e câncer no sistema linfático, e recebeu teste positivo para Covid pela primeira vez em novembro de 2020, e até março deste ano o vírus Sars-Cov-2 ainda estava presente em seu organismo.
A pesquisa foi compartilhada na plataforma medRxiv, mas o estudo ainda não foi analisado por outros cientistas da área e aprovado para publicação. Ele caracteriza um único caso e não avaliou a atuação do sistema imune do paciente, que apresentou sintomas leves durante os primeiros dias de infecção e depois permaneceu assintomático.
De acordo com o trabalho, durante a infecção prolongada, mutações do vírus no organismo do paciente levaram ao surgimento de três linhagens e coexistentes.
A publicação ainda indica uma taxa de 35 substituições de partes do material genético por ano, aproximadamente duas vezes maior do que a estimativa da média global. Por conta desse índice, os cientistas sinalizara que infecções crônicas e não tratadas do Sars-Cov-2, podem acelerar a evolução do virús e, em última análise, favorece o surgimento de variantes mais transmissíveis.
"Nosso estudo fornece evidências de que infecções crônicas por Sars-CoV-2 podem ser uma fonte para o surgimento de variantes geneticamente diversas capazes de causar futuros surtos de Covid-19", afirmam os pesquisadores.