Neuralink abre inscrições para testes com chip cerebral e procura voluntários ao redor do mundo
Startup de Elon Musk convida pessoas com paralisia a participarem de estudo inédito que permite controlar dispositivos com a mente
Foto: ETIENNE LAURENT | AFP
A Neuralink, empresa de tecnologia fundada por Elon Musk, está recrutando voluntários para os testes de sua mais recente inovação: um chip cerebral que permite controlar computadores e dispositivos eletrônicos apenas com o pensamento. O anúncio foi feito na quarta-feira (2), por meio das redes sociais oficiais da empresa.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), a startup informou que o processo de inscrição está aberto a pessoas de qualquer parte do mundo, desde que se encaixem nos critérios exigidos. O foco principal são indivíduos com tetraplegia ou outras condições motoras que limitem ou impeçam o uso dos braços e pernas.
“Se você tem tetraplegia e está interessado em explorar maneiras inovadoras de controlar um computador usando seus pensamentos, agora você pode se inscrever de qualquer lugar do mundo”, diz a postagem publicada pela empresa.
O estudo faz parte do projeto PRIME e tem como objetivo testar a segurança e eficácia da interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês). Segundo a Neuralink, essa tecnologia pode transformar a vida de pessoas com paralisia ao permitir que elas operem computadores e softwares usando apenas sinais neurais.
Para participar, os interessados devem preencher um formulário no site oficial do Estudo PRIME, onde estão disponíveis todas as informações sobre o processo seletivo e o procedimento. A seleção prioriza pessoas com pouca ou nenhuma mobilidade nas mãos.
O implante consiste em um chip “cosmeticamente invisível” que é inserido na região do cérebro responsável pelos movimentos. Ele é capaz de captar sinais neurais e traduzi-los em comandos para controlar dispositivos eletrônicos em tempo real.
Até agora, três pessoas já receberam o implante. O primeiro voluntário conseguiu jogar xadrez e videogame usando apenas o pensamento. O segundo tem utilizado o chip para operar softwares de design 3D e jogar, enquanto o terceiro realizou o procedimento no início de 2025 e ainda está em fase de adaptação.
Com o avanço das pesquisas, a Neuralink promete abrir novos caminhos para a acessibilidade tecnológica e revolucionar a forma como seres humanos interagem com máquinas.
